Jornal Médico - ARS de LVT dá boas vindas a 76 novos internos de MGF

Pela primeira vez na hist&oacute;ria dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios, uma Administra&ccedil;&atilde;o Regional de Sa&uacute;de deu oficialmente as boas vindas aos rec&eacute;m-chegados internos &agrave;s especialidades de Medicina Geral e Familiar (MGF) e de Sa&uacute;de P&uacute;blica (SP) Pela primeira vez na hist&oacute;ria dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios, uma Administra&ccedil;&atilde;o Regional de Sa&uacute;de deu oficialmente as boas vindas aos rec&eacute;m-chegados internos &agrave;s especialidades de Medicina Geral e Familiar (MGF) e de Sa&uacute;de P&uacute;blica (SP). Aconteceu no passado dia 26, no audit&oacute;rio do Centro de Histocompatibilidade do Sul, numa cerim&oacute;nia carregada de simbolismo e marcada por testemunhos de especialistas e formandos, que procuraram transmitir uma vis&atilde;o do perfil profissional e do percurso formativo destas duas &aacute;reas m&eacute;dicas. Ao todo, s&atilde;o 87 - 76 de MGF e 11 de SP - os m&eacute;dicos que iniciaram o respectivo Internato no passado m&ecirc;s de Janeiro, na Regi&atilde;o de Lisboa e Vale do Tejo Em Janeiro, 76 m&eacute;dicos ingressaram no primeiro ano do Internato de Medicina Geral e Familiar (MGF) na regi&atilde;o de Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Um ganho na ordem dos 25% face a 2008, em que 57 foi o n&uacute;mero de vagas preenchidas. No que toca &agrave; Sa&uacute;de P&uacute;blica (SP) - e novamente no que se refere a LVT - o ganho face ao ano anterior foi de 120%. &Eacute; que se em Janeiro de 2008 foram cinco os m&eacute;dicos que optaram por aquela especialidade, este ano 11 cl&iacute;nicos acabam de ingressar no primeiro ano do Internato da especialidade (ver caixa). O crescimento do n&uacute;mero de vagas ocupadas nestas duas especialidades dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios (CSP) foi um dos aspectos mais destacados durante a cerim&oacute;nia oficial de boas-vindas aos novos formandos, organizada pela Administra&ccedil;&atilde;o Regional de Sa&uacute;de (ARS) de LVT. Nunca antes uma ARS tinha promovido uma iniciativa semelhante, como a que teve lugar, no passado dia 26, no audit&oacute;rio do Centro de Histocompatibilidade do Sul, localizado no Hospital Pulido Valente, em Lisboa. "&Eacute; um momento hist&oacute;rico e simb&oacute;lico!", salientou o representante da Coordena&ccedil;&atilde;o do Internato de MGF da Zona Sul, Francisco Carvalho. E adiantou: "para n&oacute;s, tem um enorme significado o facto de, pela primeira vez, uma administra&ccedil;&atilde;o receber formalmente os internos do primeiro ano. A ARS de LVT &eacute; um parceiro estrat&eacute;gico e fundamental para o trabalho que desenvolvemos... E ficou hoje aqui demonstrado que a Coordena&ccedil;&atilde;o vai poder continuar a contar com a ARS!", concluiu. Reforma dos CSP traz mais-valias &agrave; forma&ccedil;&atilde;o O presidente da ARS de LVT, Rui Portugal, deu os parab&eacute;ns aos 87 novos internos pela escolha da regi&atilde;o e das especialidades de MGF e SP. O respons&aacute;vel congratulou-se, igualmente, por ver muitos dos tutores/orientadores presentes na assist&ecirc;ncia, a acompanhar os "seus" internos e dando o seu "testemunho de vontade". A sess&atilde;o contou, ainda, com os testemunhos de especialistas e internos de SP e MGF, que tentaram dar aos colegas rec&eacute;m-chegados uma vis&atilde;o do percurso formativo e do perfil profissional destas duas especialidades m&eacute;dicas. Ana Cristina Garcia, especialista de Sa&uacute;de P&uacute;blica, falou com paix&atilde;o da carreira que decidiu abra&ccedil;ar, frisando que "o robusto programa de Internato de SP colmata as falhas sentidas durante a forma&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-graduada no &acirc;mbito desta especialidade". Na opini&atilde;o da especialista, a reforma em curso nos CSP "&eacute; muito &uacute;til para os m&eacute;dicos de SP, uma vez que vais permitir constituir equipas de trabalho mais funcionais a n&iacute;vel local". Com as Unidades de Sa&uacute;de P&uacute;blica (USP), inseridas nos Agrupamentos de Centros de Sa&uacute;de (ACES), "estamos a viver o momento em que a organiza&ccedil;&atilde;o dos servi&ccedil;os est&aacute; em sintonia com o que se espera que os m&eacute;dicos de SP fa&ccedil;am e aquilo que &eacute; o seu perfil de compet&ecirc;ncias profissionais", concluiu. Uma vis&atilde;o partilhada por C&aacute;tia Pinto, interna do primeiro ano de SP, para quem a reforma dos CSP vai fazer avan&ccedil;ar "a mais necess&aacute;ria das reformas: a da Sa&uacute;de P&uacute;blica!". Por sua vez, o presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa dos M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral (APMCG) e coordenador da Miss&atilde;o para os Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios (MCSP), Lu&iacute;s Pisco, apontou as oportunidades trazidas pela reforma em curso nos CSP, no que toca &agrave; forma&ccedil;&atilde;o p&oacute;s-graduada em MGF. Filipa Fareleira, que ingressou no Internato de MGF h&aacute; seis meses, partilhou com os colegas rec&eacute;m-chegados a sua ainda parca experi&ecirc;ncia na pr&aacute;tica de uma especialidade que "j&aacute; lhe enche as medidas". Pelo acompanhamento familiar, pela continuidade de cuidados... Por uma infinidade de desafios que n&atilde;o cabe em nenhuma outra especialidade, nomeadamente hospitalar, referiu a interna. Rui Portugal: "limpeza das listas libertar&aacute; mais de cem MF em LVT" Apesar dos 87 novos m&eacute;dicos que iniciaram o Internato em Janeiro, "a regi&atilde;o de LVT tem falta de m&eacute;dicos de MGF e de SP e a situa&ccedil;&atilde;o tende a agravar-se", referiu o presidente da ARS de LVT, em declara&ccedil;&otilde;es aos jornalistas, no final da cerim&oacute;nia de apresenta&ccedil;&atilde;o dos novos internos. "O aumento de 25% em rela&ccedil;&atilde;o ao ano passado, no n&uacute;mero de vagas ocupadas em MGF, &eacute; um passo significativo, ainda que insuficiente em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s necessidades da regi&atilde;o de LVT", referiu o respons&aacute;vel. No entender do presidente da ARSLVT, tem havido um esfor&ccedil;o por parte do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de em aumentar o n&uacute;mero de m&eacute;dicos de MGF e de SP, mas a falta de cl&iacute;nicos vai agravar-se. "Piorar&aacute;, relativamente ao actual n&uacute;mero de m&eacute;dicos em exerc&iacute;cio profissional completo, visto que a tend&ecirc;ncia &eacute; para termos um elevado n&uacute;mero de aposenta&ccedil;&otilde;es nos pr&oacute;ximos dois a tr&ecirc;s anos", reconheceu Rui Portugal, acrescentando que as zonas mais carenciadas s&atilde;o as perif&eacute;ricas, nomeadamente Sintra e Santar&eacute;m. De acordo com o presidente da ARS de LVT, a tutela est&aacute; neste momento a pensar e a dar in&iacute;cio &agrave; implementa&ccedil;&atilde;o de algumas medidas, no sentido de corrigir esta falta de cl&iacute;nicos. "O est&iacute;mulo &agrave; cria&ccedil;&atilde;o das unidades de sa&uacute;de familiar - em que os m&eacute;dicos t&ecirc;m listas de utentes maiores que as dos colegas a trabalhar nos centros de sa&uacute;de convencionais" - &eacute; uma das solu&ccedil;&otilde;es, adiantou Rui Portugal. Para al&eacute;m disso, at&eacute; ao final do ano, a ARS de LVT est&aacute; a proceder a uma "limpeza" dessas mesmas listas, de forma a actualiz&aacute;-las. "H&aacute; muitas pessoas que mudaram de &aacute;rea de resid&ecirc;ncia, por exemplo, e com este expurgo das listas, s&oacute; na regi&atilde;o de LVT, contamos ganhar perto de uma centena de m&eacute;dicos de fam&iacute;lia", concluiu.

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