Jornal Médico - Reestruturação dos serviços… Está aí!

O ACES de Valongo - Grande Porto III &ndash; que integra as unidades de sa&uacute;de familiar de S&atilde;o Jo&atilde;o do Sobrado, Valongo, Alfena e Ermesinde &ndash; est&aacute; neste momento a implementar as unidades de cuidados de sa&uacute;de personalizados, cuja organiza&ccedil;&atilde;o pretende ser, em tudo, semelhante &agrave; das unidades de sa&uacute;de familiar (USF). &ldquo;O processo est&aacute; em curso&rdquo;, de acordo com o director executivo do agrupamento, Ant&oacute;nio Pais. O ACES de Valongo - Grande Porto III &ndash; que integra as unidades de sa&uacute;de familiar de S&atilde;o Jo&atilde;o do Sobrado, Valongo, Alfena e Ermesinde &ndash; est&aacute; neste momento a implementar as unidades de cuidados de sa&uacute;de personalizados, cuja organiza&ccedil;&atilde;o pretende ser, em tudo, semelhante &agrave; das unidades de sa&uacute;de familiar (USF). &ldquo;O processo est&aacute; em curso&rdquo;, de acordo com o director executivo do agrupamento, Ant&oacute;nio Pais. O ACES est&aacute; tamb&eacute;m a desenvolver uma pol&iacute;tica de aproxima&ccedil;&atilde;o aos hospitais de Valongo e de S&atilde;o Jo&atilde;o, atrav&eacute;s da partilha de informa&ccedil;&atilde;o por via inform&aacute;tica. No m&ecirc;s de Janeiro, teve in&iacute;cio a colabora&ccedil;&atilde;o com as estruturas hospitalares no &acirc;mbito da articula&ccedil;&atilde;o da alta dos doentes com AVC, extens&iacute;vel a outras actividades. Al&eacute;m da comunica&ccedil;&atilde;o da alta, enfermeiros das estruturas hospitalares em conjunto com enfermeiros do ACES, programam o tipo de tratamento a efectuar ao doente no primeiro m&ecirc;s. Segue-se a reavalia&ccedil;&atilde;o da situa&ccedil;&atilde;o e, de acordo com essa an&aacute;lise, &eacute; corrigido, ou n&atilde;o, o programa inicial de reabilita&ccedil;&atilde;o. Colabora&ccedil;&atilde;o com as unidades hospitalares de refer&ecirc;ncia Com o objectivo de explorar a capacidade instalada do Hospital de Valongo &ndash; que &eacute; praticamente paredes meias com a sede do Centro de Sa&uacute;de de Valongo &ndash; a direc&ccedil;&atilde;o do agrupamento est&aacute; a desenvolver esfor&ccedil;os para que os utentes do centro de sa&uacute;de tenham a possibilidade de realizar an&aacute;lises cl&iacute;nicas no pr&oacute;prio centro de sa&uacute;de, que s&atilde;o depois processadas no hospital. Outro projecto diz respeito ao desenvolvimento de consultadorias com o Hospital de S&atilde;o Jo&atilde;o. Para j&aacute;, na &aacute;rea da endocrinologia, podendo-se alargar o projecto a outras especialidades. Acresce, ainda, a consultadoria em Dermatologia, atrav&eacute;s de partilha de imagem. O objectivo, de acordo com Ant&oacute;nio Pais, &eacute; &ldquo;aumentar a colabora&ccedil;&atilde;o e coordena&ccedil;&atilde;o, com os hospitais de refer&ecirc;ncia, no sentido de melhorar o n&iacute;vel de cuidados de sa&uacute;de prestados&rdquo; &agrave; popula&ccedil;&atilde;o do ACES. Promo&ccedil;&atilde;o da sa&uacute;de dos idosos da Freguesia de Campo No pr&oacute;ximo m&ecirc;s de Mar&ccedil;o, vai ter in&iacute;cio um programa, denominado &ldquo;Envelhecimento Activo&rdquo;, dirigido aos idosos da freguesia de Campo, uma das cinco que integram o concelho de Valongo. O projecto, desenvolvido em colabora&ccedil;&atilde;o com a junta de freguesia, visa &ldquo;promover uma melhor interac&ccedil;&atilde;o com o meio social naquela localidade e a consequente promo&ccedil;&atilde;o da sa&uacute;de&rdquo; das pessoas com mais de 65 anos. De acordo com Ant&oacute;nio Pais, est&aacute; previsto o desenvolvimento de ac&ccedil;&otilde;es de promo&ccedil;&atilde;o da sa&uacute;de e preven&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a nas &aacute;reas da diabetes e da hipertens&atilde;o. Para aproximar os servi&ccedil;os da popula&ccedil;&atilde;o e tornar a comunica&ccedil;&atilde;o mais fluida, o agrupamento produziu um desdobr&aacute;vel, dirigido aos utentes, sobre as val&ecirc;ncias que podem encontrar na unidade de sa&uacute;de. Conselho Cl&iacute;nico j&aacute; est&aacute; completo O agrupamento, que j&aacute; constituiu o seu conselho da comunidade, est&aacute; prestes a concluir o processo de forma&ccedil;&atilde;o plena do conselho cl&iacute;nico. A aposenta&ccedil;&atilde;o do &uacute;nico m&eacute;dico de Sa&uacute;de P&uacute;blica com hor&aacute;rio a tempo inteiro representou um contratempo mas, de acordo com o director executivo, esse problema vai deixar de existir com a incorpora&ccedil;&atilde;o nos servi&ccedil;os de dois especialistas de Sa&uacute;de P&uacute;blica (um a tempo inteiro e, outro, a tempo parcial). O ACES Valongo - Grande Porto III abrange as freguesias de Ermesinde, Alfena, Sobrado, Valongo e Campo. No total, s&atilde;o 229 profissionais para um conjunto populacional de 98.974 utentes. Destes, apenas cerca de cinco mil n&atilde;o t&ecirc;m actualmente m&eacute;dico de fam&iacute;lia atribu&iacute;do. Para al&eacute;m de uma lista de 1.500 utentes de um m&eacute;dico que se aposentou recentemente na unidade de sa&uacute;de de Campo, existem cerca de mil sem m&eacute;dico atribu&iacute;do na unidade sede de Valongo e cerca de tr&ecirc;s mil na de Ermesinde. Destes &uacute;ltimos, estima-se, todavia, que cerca de metade n&atilde;o pertencem &agrave; &aacute;rea de influ&ecirc;ncia da unidade de sa&uacute;de. UCSP em novas instala&ccedil;&otilde;es A futura UCSP de Ermesinde foi recentemente transferida para um edif&iacute;cio novo. No antigo e ap&oacute;s uma requalifica&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o, ficou sediada a USF de Ermesinde, que partilha o espa&ccedil;o com SASU, que serve todo o concelho. Dentro em breve, &eacute; de prever que tamb&eacute;m ali seja instalada a unidade de cuidados na comunidade (UCC) de Ermesinde. O CDP e uma consulta descentralizada do CATUS de Gondomar funcionam no edif&iacute;cio sede do agrupamento. Auditoria de acredita&ccedil;&atilde;o &eacute; j&aacute; em Maio A Unidade de Sa&uacute;de Familiar (USF) Valongo que, em Mar&ccedil;o de 2009, apresentou a candidatura ao processo volunt&aacute;rio de acredita&ccedil;&atilde;o, vai receber a visita dos t&eacute;cnicos da Qualidade da Direc&ccedil;&atilde;o-Geral da Sa&uacute;de (DGS), no pr&oacute;ximo dia 12 de Maio. Recorde-se que, na primeira fase, foram quatro as USF seleccionadas para integrar o projecto-piloto: Valongo (Porto), Gr&atilde;o Vasco (Viseu), Dafundo (Oeiras) e Alviela-Pernes (Santar&eacute;m). O processo de acredita&ccedil;&atilde;o arrancou a 11 de Setembro do ano passado, com a primeira reuni&atilde;o das equipa de qualidade, no Departamento de Qualidade em Sa&uacute;de da DGS, com a equipa da Agencia de Calidad Andaluza e da Miss&atilde;o para os Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios (MCSP). A op&ccedil;&atilde;o pelo sistema em vigor na Comunidade Aut&oacute;noma da Andaluzia foi tomada pela tutela ap&oacute;s a avalia&ccedil;&atilde;o de outros sistemas internacionais. Nesta decis&atilde;o pesou, por um lado, a sustentabilidade financeira do modelo andaluz e, por outro, o facto de o modelo j&aacute; estar testado e ter vindo a ser aplicado a uma popula&ccedil;&atilde;o muito semelhante &agrave; portuguesa, em termos num&eacute;ricos e epidemiol&oacute;gicos e num sistema de sa&uacute;de p&uacute;blico &ndash; o andaluz &ndash; cuja organiza&ccedil;&atilde;o &eacute; tamb&eacute;m muito parecida &agrave; do Servi&ccedil;o Nacional de Sa&uacute;de Portugu&ecirc;s. Os primeiros a desenvolver o modelo andaluz Na perspectiva de Margarida Aguiar, respons&aacute;vel da unidade de sa&uacute;de familiar, a acredita&ccedil;&atilde;o representa &ldquo;uma mais-valia muito importante numa revis&atilde;o global de todos os processos e procedimentos relativos ao envolvimento e seguran&ccedil;a do doente. Os procedimentos t&ecirc;m que estar uniformizados: quem faz, como faz, se tem capacidade e compet&ecirc;ncia para isso, avalia&ccedil;&atilde;o das forma&ccedil;&otilde;es, valida&ccedil;&atilde;o de equipamentos, prazos de vida &uacute;til dos equipamentos, verifica&ccedil;&atilde;o da disposi&ccedil;&atilde;o do mobili&aacute;rio nos consult&oacute;rios para protec&ccedil;&atilde;o da intimidade do doente&hellip; &Eacute; uma abordagem muito ampla do processo de qualidade. &Eacute;, realmente, um procedimento diferente e complementar daquilo a que est&aacute;vamos habituados a fazer&rdquo;. A desbravar terreno&hellip; Apesar das semelhan&ccedil;as encontradas entre os sistemas de sa&uacute;de portugu&ecirc;s e andaluz, o programa de acredita&ccedil;&atilde;o da Ag&ecirc;ncia de Qualidade da Andaluzia teve que ser adaptado &agrave; realidade portuguesa. Entre outras, existem diferen&ccedil;as legislativas e de organiza&ccedil;&atilde;o. Por isso, as quatro unidades que integram a fase experimental de adapta&ccedil;&atilde;o &agrave; realidade portuguesa est&atilde;o, na verdade, a &ldquo;desbravar terreno&rdquo;. Margarida Aguiar aponta, por isso, as dificuldades registadas no in&iacute;cio, n&atilde;o propriamente pelo idioma, mas porque &ldquo;a realidade espanhola &eacute; um pouco diferente da portuguesa&rdquo;. Foi necess&aacute;rio procurar legisla&ccedil;&atilde;o, consultar trabalhos de investiga&ccedil;&atilde;o, elaborar documentos, livros de estilo, carta da qualidade, carta dos utentes, consentimento informado, pedidos de segunda opini&atilde;o&hellip; Sempre na base do &ldquo;envolvimento da unidade num processo que se pretende reverta em benef&iacute;cio dos utentes&rdquo;. A equipa da qualidade &eacute; constitu&iacute;da por seis elementos (as enfermeiras Anabela Pereira e Anabela Queir&oacute;s, F&aacute;tima Rodrigues, Adriana Carvalho e os m&eacute;dicos Bessa Cardoso e a pr&oacute;pria coordenadora, Margarida Aguiar). Al&eacute;m das reuni&otilde;es semanais, que se prolongam por tr&ecirc;s a quatro horas, todas as decis&otilde;es s&atilde;o comunicadas nas reuni&otilde;es de servi&ccedil;o ao conjunto dos profissionais da USF. O objectivo &eacute; que &ldquo;todos estejam informados das ac&ccedil;&otilde;es e actividades desenvolvidas pela equipa da qualidade&rdquo;, na medida em que &ldquo;s&atilde;o procedimentos a que os profissionais n&atilde;o estavam habituados a fazer por rotina&rdquo;. Troca de informa&ccedil;&atilde;o e colabora&ccedil;&atilde;o entre USF Atrav&eacute;s de reuni&otilde;es entre os elementos das quatro USF alvo do processo de acredita&ccedil;&atilde;o, foi poss&iacute;vel promover a troca de informa&ccedil;&atilde;o e colabora&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m desses encontros, que t&ecirc;m normalmente lugar na sede da Miss&atilde;o, em Coimbra, as equipas da qualidade das quatro unidades criaram um grupo no Google, que facilita a comunica&ccedil;&atilde;o entre si. O trabalho desenvolvido revela-se essencial para as pr&oacute;ximas unidades de sa&uacute;de que se candidatarem &agrave; acredita&ccedil;&atilde;o. Por isso, o projecto ser&aacute; apresentado pelas quatro USF, no pr&oacute;ximo encontro da Associa&ccedil;&atilde;o Nacional de USF (USF-AN), a 23 de Fevereiro. Est&aacute; ainda prevista a cria&ccedil;&atilde;o de um grupo de trabalho sobre acredita&ccedil;&atilde;o. O projecto vai ser, tamb&eacute;m, apresentado pela USF Valongo na Universidade Fernando Pessoa, no Porto.

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