Jornal Médico - Estamos atentos!

&Eacute; com natural apreens&atilde;o, que constatamos a extin&ccedil;&atilde;o da estrutura que at&eacute; aqui coordenou a reforma dos CSP sem que seja vis&iacute;vel, no terreno, uma entidade investida, ainda que interinamente, nas fun&ccedil;&otilde;es at&eacute; agora desempenhadas pela MCSP A Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa dos M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral (APMCG) fixou como seu objectivo priorit&aacute;rio, a defini&ccedil;&atilde;o das coordenadas para o futuro da Medicina Geral e Familiar, que se projecta na nova d&eacute;cada cujo in&iacute;cio se aproxima. "2011-2020 - A D&eacute;cada dos Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios" ser&aacute;, pois, o lema que nortear&aacute; o trabalho da Associa&ccedil;&atilde;o nesta nova fase da sua interven&ccedil;&atilde;o, enquanto institui&ccedil;&atilde;o agregadora da maioria dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia portugueses. Preparamo-nos para enfrentar os desafios, que sabemos serem muitos, para levar a bom porto esta nossa determina&ccedil;&atilde;o de fortalecer a especialidade que abra&ccedil;&aacute;mos. Partimos, convictos de que o sucesso desta nossa demanda determinar&aacute;, tamb&eacute;m, o sucesso do Servi&ccedil;o Nacional de Sa&uacute;de, que se quer alicer&ccedil;ado numa Medicina de proximidade, organizada em pequenas unidades funcionais, com equipas multiprofissionais, como o preconiza a evid&ecirc;ncia dispon&iacute;vel. Evid&ecirc;ncia de que a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de tem sido porta-voz empenhada e que a reforma em curso nos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios, iniciada em finais de 2005, procura implementar entre n&oacute;s. Partimos, pois, conscientes do peso da responsabilidade que assumimos ao aceitar este desafio, que pretende ser de consolida&ccedil;&atilde;o dos ideais que h&aacute; d&eacute;cadas t&ecirc;m sido defendidos pela APMCG relativamente ao papel que Medicina Geral e Familiar deve assumir no sistema nacional de sa&uacute;de. N&atilde;o se pense, todavia, que a caminhada que se projecta se afasta do rumo at&eacute; aqui tra&ccedil;ado. Muito pelo contr&aacute;rio. Com a defini&ccedil;&atilde;o das coordenadas para o futuro da Medicina Geral e Familiar pretende-se, desde logo, garantir que o rumo a seguir garantir&aacute; a consolida&ccedil;&atilde;o do muito que se fez at&eacute; aqui. E este tanto, h&aacute; que o dizer sem receio de imod&eacute;stia, deve-se, antes de mais, &agrave; perseveran&ccedil;a de quantos, na APMCG, t&ecirc;m lutado ao longo das &uacute;ltimas d&eacute;cadas pela afirma&ccedil;&atilde;o da especialidade. N&atilde;o temos, pois, qualquer d&uacute;vida, de que a d&eacute;cada que nos propomos projectar, alicer&ccedil;ar-se-&aacute; nos ideais que presidiram &agrave; reforma em curso nos CSP. A APMCG, mais do que desejar, quis, esta reforma. Desenhou-a, emprestando os seus melhores quadros para a implementar no terreno. Para a APMCG, trata-se de um processo impar&aacute;vel, porque desejado e constru&iacute;do pelos profissionais. Irrevers&iacute;vel, porque essencial &agrave; sustentabilidade do SNS. Sabemos que para al&eacute;m dos obst&aacute;culos inicialmente previstos, enfrentamos hoje dificuldades acrescidas, que resultam do dif&iacute;cil contexto socioecon&oacute;mico que o pa&iacute;s atravessa e das medidas de car&aacute;cter extraordin&aacute;rio, que desviam a aten&ccedil;&atilde;o da maioria, at&eacute; aqui centrada, entre outras reformas de vulto, na dos CSP. Numa conjuntura complexa, como aquela em que vivemos, a exist&ecirc;ncia de uma estrutura que coordene o processo de reforma assume uma relev&acirc;ncia determinante. &Eacute;, pois, com natural apreens&atilde;o, que constatamos a extin&ccedil;&atilde;o da estrutura que at&eacute; aqui coordenou a reforma dos CSP sem que seja vis&iacute;vel, no terreno, uma entidade investida, ainda que interinamente, nas fun&ccedil;&otilde;es at&eacute; agora desempenhadas pela Miss&atilde;o para os Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios. Estaremos atentos a todos os desenvolvimentos, convictos de que n&atilde;o s&atilde;o aceit&aacute;veis quaisquer derivas que coloquem em causa a obra j&aacute; edificada. Queremos acreditar ter, na vontade pol&iacute;tica, uma aliada. Reiteramos a nossa disponibilidade para colaborar com todos os parceiros envolvidos no processo, de modo a garantir estes pressupostos. N&atilde;o nos coibiremos de avaliar os passos que forem sendo dados. Temos pela frente muita estrada. H&aacute; que desenvolver e implementar no terreno os princ&iacute;pios fundadores da Governa&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica, enquanto alicerce do novo modelo de presta&ccedil;&atilde;o de cuidados de sa&uacute;de em Medicina Familiar. Para tanto, h&aacute; que desenvolver e consolidar, nos Agrupamentos de Centros de Sa&uacute;de, o papel dos Conselhos Cl&iacute;nicos, dotando-os da forma&ccedil;&atilde;o e dos meios t&eacute;cnicos essenciais ao cabal desempenho da sua miss&atilde;o. A APMCG e todas as estruturas que a integram, entre as quais o Jornal M&eacute;dico de Fam&iacute;lia, preparam-se para enfrentar os desafios dos novos cen&aacute;rios que se avizinham. Tudo faremos. Contem connosco. Contamos com todos! Jo&atilde;o Sequeira Carlos Presidente da Direc&ccedil;&atilde;o Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

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