Jornal Médico - Jardim Ramos assegura que a receita electrónica está para breve

N&atilde;o faz sentido que os CSP vivam de costas voltadas para os cuidados hospitalares e vice-versa, afirmou Jardim Ramos... N&atilde;o faz sentido que os cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios vivam de costas voltadas para os cuidados hospitalares e vice-versa, afirmou o secret&aacute;rio regional dos Assuntos Sociais, Jardim Ramos, durante a cerim&oacute;nia de abertura das XXII Jornadas de Medicina Familiar da Madeira. "Trabalhamos para que os cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios estejam na linha da frente da presta&ccedil;&atilde;o dos cuidados de sa&uacute;de, sempre de forma integrada e articulada com os cuidados hospitalares", apontou. Nesse sentido, "&eacute; essencial que os utentes tenham a percep&ccedil;&atilde;o clara de que a entrada para o sistema de sa&uacute;de se deve fazer a partir dos centros de sa&uacute;de, atrav&eacute;s do seu m&eacute;dico de fam&iacute;lia, no &acirc;mbito de uma medicina preventiva". Entre as v&aacute;rias iniciativas implementadas para refor&ccedil;ar a articula&ccedil;&atilde;o entre centros de sa&uacute;de e hospitais, Jardim Ramos diz que "a aplica&ccedil;&atilde;o das novas tecnologias tem sido um factor essencial para a melhoria da qualidade dos servi&ccedil;os de sa&uacute;de, n&atilde;o s&oacute; para o utente, como epicentro do sistema, como tamb&eacute;m para os profissionais". A implementa&ccedil;&atilde;o do processo cl&iacute;nico electr&oacute;nico "&eacute; um exemplo disso" e outros avan&ccedil;os ser&atilde;o concretizados em breve, adiantou. Nomeadamente, "a prescri&ccedil;&atilde;o electr&oacute;nica", que constitui "um avan&ccedil;o substancial e optimizar&aacute; a presta&ccedil;&atilde;o dos cuidados de sa&uacute;de aos nossos utentes. O sigilo dos dados pessoais tem sido apontado como &oacute;bice por alguns fundamentalistas, mas eu considero que uma receita em suporte de papel &eacute; mais perme&aacute;vel do que a feita em suporte digital. &Eacute; na qualidade que refor&ccedil;amos a nossa aposta". Processo de acredita&ccedil;&atilde;o dos centros de sa&uacute;de em curso O processo de acredita&ccedil;&atilde;o da qualidade dos centros de Sa&uacute;de est&aacute; no terreno, estando neste momento a decorrer auditorias internas, em v&aacute;rios centros de Sa&uacute;de. "Temos j&aacute; o hospital acreditado, apostamos agora nos CS". De acordo com o governante, este "ser&aacute; um processo essencial para a uniformiza&ccedil;&atilde;o dos procedimentos, agiliza&ccedil;&atilde;o e optimiza&ccedil;&atilde;o dos recursos humanos e t&eacute;cnicos. Neste sentido, j&aacute; demos passos importantes com a implementa&ccedil;&atilde;o de um novo modelo organizacional dos cuidados prim&aacute;rios, atrav&eacute;s da sua divis&atilde;o em agrupamentos. Um para a &aacute;rea Metropolitana do Funchal, um para a zona oeste e um outro para a zona leste", destacou. Equipas de sa&uacute;de familiar est&atilde;o a ser implementadas Neste momento, recordou ainda Jardim Ramos, o governo regional est&aacute; a implementar as "equipas de sa&uacute;de familiares", organizadas "sob uma base geogr&aacute;fica e constitu&iacute;das por um m&eacute;dico e dois enfermeiros". A actividade assistencial ao domic&iacute;lio "ser&aacute; feita por esta equipa e estruturada de forma a optimizar os recursos f&iacute;sicos e humanos dispon&iacute;veis", acrescentou. Jardim Ramos reconhece que, "&agrave; semelhan&ccedil;a do que se passa no resto do pa&iacute;s e em outros pa&iacute;ses da Europa", a Madeira depara-se com a falta de m&eacute;dicos de fam&iacute;lia. "Este facto obriga a um esfor&ccedil;o acrescido dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia, que se empenham em assegurar ao utente uma consulta em tempo aceit&aacute;vel. Nenhum utente pode ficar sem direito ao seu m&eacute;dico de fam&iacute;lia. O m&eacute;dico de recurso assegura ao utente que n&atilde;o esteja activo, numa lista de m&eacute;dico de fam&iacute;lia, a respectiva consulta", sublinhou. Contratualiza&ccedil;&atilde;o com m&eacute;dicos em idade de reforma &eacute; uma das solu&ccedil;&otilde;es Na sua perspectiva, "a contratualiza&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os com m&eacute;dicos de fam&iacute;lia em idade de reforma tem sido importante, para que consigamos abranger um maior n&uacute;mero de utentes e satisfazer a crescente procura". Al&eacute;m disso, "a Regi&atilde;o tem conseguido atrair, nos &uacute;ltimos anos, um maior n&uacute;mero de internos para esta especialidade, o que permitiu que hoje haja uma frota de m&eacute;dicos de fam&iacute;lia jovem, que tem sido respons&aacute;vel pela implementa&ccedil;&atilde;o de uma nova din&acirc;mica e novos impulsos nos cuidados prim&aacute;rios". Este ano, dar&atilde;o entrada no servi&ccedil;o de sa&uacute;de da Madeira "mais 10 novos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia", anunciou.

Terceiro espaço

Mais lidas