Jornal Médico - Partilha de experiências entre profissionais

Numa iniciativa in&eacute;dita, o ACES Baixo Mondego II reuniu profissionais das UAG de agrupamentos de todo o pa&iacute;s para debaterem as suas experi&ecirc;ncias num momento em que a contratualiza&ccedil;&atilde;o dos contratos-programa come&ccedil;a a ser uma realidade Numa iniciativa in&eacute;dita, o ACES Baixo Mondego II reuniu profissionais das UAG de agrupamentos de todo o pa&iacute;s para debaterem as suas experi&ecirc;ncias num momento em que a contratualiza&ccedil;&atilde;o dos contratos-programa come&ccedil;a a ser uma realidade. Em foco estiveram os recursos humanos, a gest&atilde;o financeira, os sistemas de informa&ccedil;&atilde;o e o aprovisionamento O Agrupamento de Centros de Sa&uacute;de (ACES) do Baixo Mondego II realizou, no final de Maio, um f&oacute;rum nacional das unidades de apoio &agrave; gest&atilde;o (UAG) que reuniu no Audit&oacute;rio Municipal da Figueira da Foz, profissionais de todo o pa&iacute;s. Al&eacute;m dos coordenadores das UAG, marcaram presen&ccedil;a no evento directores executivos de v&aacute;rios agrupamentos, assim como presidentes dos conselhos cl&iacute;nicos. A iniciativa foi organizada por Rui Couto, director executivo do ACES Baixo Mondego II, Eduardo Tenreiro, coordenador da UAG, e Jorge Pires, respons&aacute;vel da &aacute;rea de recursos humanos. A utiliza&ccedil;&atilde;o das novas tecnologias de comunica&ccedil;&atilde;o e informa&ccedil;&atilde;o permitiram a operacionaliza&ccedil;&atilde;o e divulga&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida do evento, que suscitou enorme expectativa, dada a import&acirc;ncia fundamental das unidades de apoio &agrave; gest&atilde;o nos processos de contratualiza&ccedil;&atilde;o. Nova cultura organizacional permite trabalhar de forma diferente No primeiro painel, dedicado aos recursos humanos, Carlos Gante, administrador hospitalar dos HUC e Jo&atilde;o Costa, da Escola Superior de Tecnologia e Gest&atilde;o de Oliveira do Hospital, centraram o debate na necessidade de alinhar as pol&iacute;ticas de recursos humanos com as estrat&eacute;gias da institui&ccedil;&atilde;o. A motiva&ccedil;&atilde;o dos profissionais e a sua inser&ccedil;&atilde;o plena na cultura da organiza&ccedil;&atilde;o, nomeadamente atrav&eacute;s do desenvolvimento do trabalho em equipa, foram outras vertentes igualmente importantes na gest&atilde;o dos recursos humanos apontadas no decurso da discuss&atilde;o proporcionada por esta mesa redonda. Processo de contratualiza&ccedil;&atilde;o decorre a diferentes velocidades Um segundo painel debateu a quest&atilde;o do desafio que o processo de contratualiza&ccedil;&atilde;o dos ACES representa para as &aacute;reas de gest&atilde;o financeira e contabilidade de uma UAG. Na sess&atilde;o tornou-se patente que, em compara&ccedil;&atilde;o com os hospitais, j&aacute; com grande experi&ecirc;ncia nesta &aacute;rea, nos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios a contratualiza&ccedil;&atilde;o decorre a diferentes velocidades. A ARS Alentejo, que a partir do segundo semestre de 2006 iniciou a contratualiza&ccedil;&atilde;o de indicadores com todos os respons&aacute;veis dos centros de sa&uacute;de, foi a primeira a assinar contratos-programa com os ACES. Poucos dias depois, chegava a vez dos 22 agrupamentos da ARS de Lisboa e Vale do Tejo. Na ARS Centro, os ACES Baixo Mondego II e D&atilde;o Laf&otilde;es I, no &acirc;mbito de um teste piloto, tamb&eacute;m prepararam contratos-programa com base na plataforma SICA, mas a t&iacute;tulo experimental. De acordo com Rui Couto, em 2009 o ACES Baixo Mondego II j&aacute; tinha avan&ccedil;ado com planos de ac&ccedil;&atilde;o para o &uacute;ltimo quadrimestre, que foram replicados para 2010, com os devidos ajustamentos. "A partir da&iacute;, foi poss&iacute;vel contratualizar, ainda que em termos te&oacute;ricos, indicadores assistenciais", entre outros. Quanto &agrave; &aacute;rea econ&oacute;mico-financeira, a organiza&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea de contabilidade anal&iacute;tica da UAG, tamb&eacute;m em 2009, possibilitou j&aacute; a cria&ccedil;&atilde;o de um hist&oacute;rico consistente, a partir do qual "poderemos, ent&atilde;o, projectar o futuro". "&Eacute; na contratualiza&ccedil;&atilde;o interna que tudo come&ccedil;a". S&oacute; a partir do levantamento das necessidades, da capacidade de produ&ccedil;&atilde;o e do cumprimento de indicadores ao n&iacute;vel da cada unidade funcional do ACES, &eacute; poss&iacute;vel encontrar sinergias, evitar duplica&ccedil;&otilde;es e sobreposi&ccedil;&otilde;es e identificar economias de escala, explica. Essa informa&ccedil;&atilde;o, recolhida pelas UAG, possibilita, por um lado, a contratualiza&ccedil;&atilde;o interna, unidade a unidade, e posteriormente a discuss&atilde;o do contrato-programa com a ARS. O processo implica, necessariamente, a exist&ecirc;ncia de unidades de apoio &agrave; gest&atilde;o "eficazes e competentes, dotadas de quadros t&eacute;cnicos superiores", aponta aquele respons&aacute;vel. N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel fazer reformas sem os meios necess&aacute;rios, avisa o director executivo, recordando que "&eacute; com as pessoas que se fazem as reformas e se constroem as organiza&ccedil;&otilde;es". A import&acirc;ncia do sistema de informa&ccedil;&atilde;o da UAG Coube a Jos&eacute; Lu&iacute;s Biscaia, coordenador da USF S&atilde;o Juli&atilde;o, da Figueira da Foz, a modera&ccedil;&atilde;o do painel sobre a import&acirc;ncia dos sistemas de informa&ccedil;&atilde;o para as UAG. Na sess&atilde;o, participaram Ernesto Fernandes, respons&aacute;vel do departamento de assessoria especializada em informa&ccedil;&atilde;o e comunica&ccedil;&atilde;o da ARS Centro, Carlos Domingues, engenheiro da PT Prime e Ant&oacute;nio Barroso, respons&aacute;vel da &aacute;rea dos CSP no departamento de contratualiza&ccedil;&atilde;o da ARS Centro. No cerne da quest&atilde;o surge a necessidade de as UAG deterem informa&ccedil;&atilde;o, em tempo real, sobre a produ&ccedil;&atilde;o das v&aacute;rias unidades funcionais para, a partir da&iacute;, monitorizarem e acompanharem, com rigor, a evolu&ccedil;&atilde;o dos indicadores contratualizados. "Essa &eacute; uma das tarefas mais nobres e importantes das unidades de apoio &agrave; gest&atilde;o, para a qual dever&atilde;o preparar-se", defendeu Ant&oacute;nio Barroso, explicando que a elabora&ccedil;&atilde;o dos planos de desempenho assentam sobretudo no SICA (Sistema de Informa&ccedil;&atilde;o de Contratualiza&ccedil;&atilde;o e Acompanhamento), desenvolvido pela Administra&ccedil;&atilde;o Central do Sistema de Sa&uacute;de. Especialistas defendem centraliza&ccedil;&atilde;o das compras A gest&atilde;o do fluxo de fornecimento de bens e servi&ccedil;os &eacute; outra das &aacute;reas sens&iacute;veis do trabalho das UAG, na medida em que precisam de garantir &agrave;s unidades funcionais as condi&ccedil;&otilde;es &oacute;ptimas para trabalhar. Ora, de acordo com Marta Silva, coordenadora da Unidade de Administra&ccedil;&atilde;o Geral da ARS Centro, no processo de transi&ccedil;&atilde;o das sub-regi&otilde;es para os ACES, a &aacute;rea do aprovisionamento &eacute; aquela que, neste momento, regista maiores dificuldades. Enquanto que as sub-regi&otilde;es possu&iacute;am servi&ccedil;os de aprovisionamento e circuitos de distribui&ccedil;&atilde;o bem organizados, a realidade actual esbarra, por vezes, em constrangimentos que p&otilde;em em causa a efic&aacute;cia e celeridade dos circuitos. De acordo com Marta Silva, "o aprovisionamento implica a necessidade de prever, antecipar e planear". Sobretudo, numa &eacute;poca de conten&ccedil;&atilde;o da despesa p&uacute;blica, "o planeamento e o controlo s&atilde;o indispens&aacute;veis para reduzir os gastos correntes da organiza&ccedil;&atilde;o". ACES vai criar f&oacute;rum online Na sequ&ecirc;ncia do interesse despertado com a realiza&ccedil;&atilde;o do primeiro f&oacute;rum das UAG, o respons&aacute;vel do Agrupamento de Centros de Sa&uacute;de Baixo Mondego, Rui Couto, lan&ccedil;ou o desafio para a realiza&ccedil;&atilde;o de uma segunda edi&ccedil;&atilde;o noutra zona do pa&iacute;s. Ao nosso jornal referiu ainda que o ACES pretende criar um f&oacute;rum online para partilha directa de experi&ecirc;ncias n&iacute;vel nacional.

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