Jornal Médico - Despesas em Saúde pressionam orçamentos nacionais

Segundo a OCDE, as despesas com o sector da sa&uacute;de est&atilde;o a crescer a um ritmo acelerado - superior ao da pr&oacute;pria Economia - exercendo uma press&atilde;o cada vez maior nos or&ccedil;amentos gerais dos Estados Dados recentemente apresentados pela OCDE mostram que as despesas com o sector da sa&uacute;de est&atilde;o a crescer a um ritmo acelerado - superior ao da pr&oacute;pria Economia - exercendo uma press&atilde;o cada vez maior nos or&ccedil;amentos gerais dos Estados. Na m&eacute;dia dos pa&iacute;ses da OCDE, a fatia do PIB gasta em Sa&uacute;de, em 2008, era de nove por cento, face a 7,8% em 2000 Nos 31 pa&iacute;ses da Organiza&ccedil;&atilde;o para a Coopera&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Econ&oacute;mico (OCDE) - incluindo o Chile, que se tornou membro este ano - as despesas crescentes no sector da sa&uacute;de est&atilde;o a ultrapassar o crescimento econ&oacute;mico e a representar uma cada vez maior fatia do produto interno bruto (PIB), tornando-se cada vez mais pesadas no bolo do or&ccedil;amento geral de cada um dos Estados. Em 2000, a fatia do PIB com gastos em Sa&uacute;de era, na m&eacute;dia da OCDE, de 7,8%. Em 2008, esse valor atingia j&aacute; os nove por cento. De acordo com a OCDE, s&atilde;o diversos os factores que t&ecirc;m vindo a contribuir para este crescimento acelerado da despesa. De entre eles, destacam-se os avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos, o aumento das expectativas dos cidad&atilde;os face &agrave; presta&ccedil;&atilde;o de cuidados e o envelhecimento populacional. Em alguns destes pa&iacute;ses, a actual crise econ&oacute;mica - com a quebra acentuada do PIB e a subida dos gastos em sa&uacute;de - conduziu a um aumento substancial da fatia do PIB gasta neste sector. Na Irlanda, por exemplo, a percentagem do produto interno bruto dedicada &agrave; sa&uacute;de passou de 7,5% em 2007 para 8,7% em 2008. Em Espanha, a subida foi de 8,4% para nove por cento. Em 2008, a percentagem do PIB portugu&ecirc;s gasta em Sa&uacute;de foi de 9,9%, acima da m&eacute;dia da OCDE (9%). A encabe&ccedil;ar a lista (ver gr&aacute;fico), est&atilde;o os Estados Unidos da Am&eacute;rica (EUA), com 16% do PIB. Na ponta oposta do ranking, est&aacute; o M&eacute;xico, com apenas 5,9% do PB gastos na Sa&uacute;de. Escolhas dif&iacute;ceis avizinham-se O crescimento dos gastos em sa&uacute;de tamb&eacute;m &eacute; percept&iacute;vel atrav&eacute;s da an&aacute;lise da despesa per capita no sector. Mais uma vez, os EUA lideram o ranking, com 7.538 d&oacute;lares gastos em cuidados de sa&uacute;de, por pessoa, em 2008. Aqui, Portugal aparece abaixo da m&eacute;dia da OCDE (3.060 d&oacute;lares) com 2.151 d&oacute;lares gastos em sa&uacute;de, per capita, no mesmo ano. No extrmo do ranking, surge a Turquia, com 767 d&oacute;lares. Na maior parte dos pa&iacute;ses da OCDE s&atilde;o os Governos que suportam a grande fatia dos custos com a sa&uacute;de. Os or&ccedil;amentos do sector t&ecirc;m vindo a aumentar ao longo dos anos na maioria dos Estados, passando de uma m&eacute;dia de 12% em 1990 para 16% em 2008. Dada a enorme necessidade de reduzirem os seus d&eacute;fices or&ccedil;amentais, muitos governos ter&atilde;o, nos pr&oacute;ximos tempos, de tomar decis&otilde;es dif&iacute;ceis, no sentido de controlar a despesa p&uacute;blica em sa&uacute;de, tais como aumentar taxas moderadoras ou impostos, cortar em determinadas &aacute;reas, entre outras medidas pouco populares. As vicissitudes do progresso &Eacute; ineg&aacute;vel que as novas tecnologias m&eacute;dicas representam uma melhoria significativa a n&iacute;vel diagn&oacute;stico e terap&ecirc;utico... Mas, por outro lado, contribuem fortemente para o aumento da despesa em sa&uacute;de. De acordo com os Dados da OCDE de 2010, agora divulgados, houve uma grande dissemina&ccedil;&atilde;o na utiliza&ccedil;&atilde;o de tomografias axiais computorizadas (TAC) e de resson&acirc;ncias magn&eacute;ticas (RM) para prop&oacute;sitos diagn&oacute;sticos. Em m&eacute;dia, entre 2000 e 2008, o n&uacute;mero de unidades de RM per capita praticamente duplicou nos pa&iacute;ses da OCDE, passando de seis m&aacute;quinas de RM em 2000 para 13 em 2008. J&aacute; o n&uacute;mero de TAC subiu de 19 para 24 por um milh&atilde;o de habitantes, no mesmo per&iacute;odo de tempo. Os pa&iacute;ses com maior n&uacute;mero de unidades de imagiologia avan&ccedil;ada (TAC e RM) s&atilde;o o Jap&atilde;o, os EUA, a It&aacute;lia e a Gr&eacute;cia. As diferen&ccedil;as na utiliza&ccedil;&atilde;o destas tecnologias diferem muito entre os pa&iacute;ses da OCDE, com os EUA, o Canad&aacute;, a Fran&ccedil;a e a Holanda a lista dos maiores utilizadores. De forma a reduzir o n&uacute;mero de procedimentos desnecess&aacute;rios e cortar nos custos, muitos pa&iacute;ses da OCDE est&atilde;o a procurar promover uma utiliza&ccedil;&atilde;o racional destas tecnologias altamente dispendiosas.

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