Jornal Médico - USF abrem portas… em “modo experimental”

Em Lisboa e Vale do Tejo, in&uacute;meros problemas ao n&iacute;vel da mobilidade, sistemas inform&aacute;ticos e instala&ccedil;&otilde;es, levam a que as equipas estejam muito longe de poderem funcionar, de facto, como USF Na primeira quinzena de Julho, entraram em funcionamento quatro novas USF: tr&ecirc;s na regi&atilde;o de LVT e uma no Norte. Os dados s&atilde;o do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, mas parecem n&atilde;o bater certo com as informa&ccedil;&otilde;es que conseguimos obter dos profissionais no terreno... Em Lisboa e Vale do Tejo, in&uacute;meros problemas ao n&iacute;vel da mobilidade, dos sistemas inform&aacute;ticos e das instala&ccedil;&otilde;es, levam a que as equipas estreantes estejam muito longe de poderem funcionar, de facto, como USF. "V&atilde;o funcionando...", dizem os coordenadores... por ora, em "modo experimental"... O que n&atilde;o falta, &eacute; a "enorme vontade e motiva&ccedil;&atilde;o" por parte dos profissionais em avan&ccedil;ar Segundo as contas do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, na primeira quinzena de Julho, iniciaram actividade no novo modelo organizativo, quatro equipas: tr&ecirc;s da regi&atilde;o de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e uma da regi&atilde;o Norte. Por&eacute;m.... Pese o in&iacute;cio de actividade, ao que o M&eacute;dico de Fam&iacute;lia apurou junto dos coordenadores destas USF de LVT, "n&atilde;o se pode propriamente afirmar que j&aacute; estejamos a trabalhar enquanto unidade de sa&uacute;de familiar, uma vez que temos ainda muitas arestas por limar". As declara&ccedil;&otilde;es s&atilde;o de Esmeralda Cunha, coordenadora da USF das Conchas - integrada no Centro de Sa&uacute;de (CS) do Lumiar, do Agrupamento de Centros de Sa&uacute;de (ACES) Lisboa Norte -, cuja candidatura ao novo modelo organizativo data de Mar&ccedil;o do ano passado. Ainda assim, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de (MS) aponta como data de entrada em funcionamento desta USF o passado dia 5. Para al&eacute;m de problemas ao n&iacute;vel da mobilidade dos profissionais - "tr&ecirc;s dos seis enfermeiros ainda n&atilde;o foram desbloqueados dos actuais locais de trabalho" -, a USF Das Conchas foi "provisoriamente instalada em dois pisos do CS, estando a equipa h&aacute; j&aacute; mais de um ano &agrave; espera de obras", adiantou a respons&aacute;vel ao nosso jornal. No que toca ao sistema inform&aacute;tico, "estamos neste momento a proceder &agrave; migra&ccedil;&atilde;o dos dados para a USF e &agrave; elabora&ccedil;&atilde;o das novas listas, apesar de ainda estarmos a trabalhar no sistema inform&aacute;tico do CS, uma vez que o engenheiro inform&aacute;tico est&aacute; de f&eacute;rias...", explicou a m&eacute;dica. Afinal, s&oacute; em Setembro... Dificuldades semelhantes preocupam o coordenador da USF Chamusca (ACES Lez&iacute;ria II), Artur Barbosa. Apesar do gabinete de Ana Jorge referir o passado dia 5 como a data de in&iacute;cio de actividade desta unidade, o m&eacute;dico garantiu, em declara&ccedil;&otilde;es ao nosso jornal, que a USF Chamusca "ainda est&aacute; a funcionar em modo experimental" e que "s&oacute; entrar&aacute; oficialmente em funcionamento no pr&oacute;ximo dia 1 de Setembro". Para j&aacute;, os profissionais est&atilde;o a procurar conhecer-se enquanto equipa e a ver como funcionam em conjunto, adiantou Artur Barbosa, at&eacute; porque os problemas de mobilidade dos profissionais assim o exigem... "Ainda n&atilde;o temos todos os elementos m&eacute;dicos na unidade", lamentou o respons&aacute;vel, sublinhando que "apesar de tudo, o esp&iacute;rito de equipa e a vontade s&atilde;o grandes". Este grupo, composto por seis m&eacute;dicos de fam&iacute;lia (MF), igual n&uacute;mero de enfermeiros e cinco secret&aacute;rios cl&iacute;nicos, apresentou a sua candidatura a USF em Novembro de 2009. A &uacute;nica unidade de sa&uacute;de familiar da regi&atilde;o de LVT que, tal como avan&ccedil;a o MS, entrou em funcionamento na primeira quinzena de Julho, foi a USF Salinas de Rio Maior (ACES Ribatejo). De acordo com a coordenadora, Anabela Coelho, a unidade - cuja candidatura remonta a Abril deste ano - abriu portas no passado dia 2. " A equipa est&aacute; completa - seis MF, seis enfermeiros e cinco administrativos" -, mas tamb&eacute;m aqui "h&aacute; ainda algumas arestas por limar...", disse a respons&aacute;vel ao nosso jornal. Nomeadamente no que concerne a obras de requalifica&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o onde a USF est&aacute; a funcionar. Tamb&eacute;m o sistema inform&aacute;tico (que neste caso &eacute; o SAM) tem dado algumas dores de cabe&ccedil;a aos profissionais. "A USF Salinas de Rio Maior abrange tr&ecirc;s extens&otilde;es de sa&uacute;de. No maior destes p&oacute;los - que funciona todos os dias - temos tido quebras constantes de rede, que em muito obstaculizam o nosso trabalho", lamentou a m&eacute;dica. Acertos de contas A Norte, a estat&iacute;stica do MS n&atilde;o apresenta incongru&ecirc;ncias. Candidata ao novo modelo organizativo desde Julho de 2009, a equipa da USF Aqueduto - composta por oito MF, oito enfermeiros e meia d&uacute;zia de secret&aacute;rios cl&iacute;nicos - iniciou actividade no passado dia 1 de Julho, mas a inaugura&ccedil;&atilde;o oficial da unidade s&oacute; decorreu a 12 deste m&ecirc;s, data em que as obras em curso no espa&ccedil;o da USF ficaram conclu&iacute;das. "Para j&aacute;, as expectativas dos profissionais face ao novo modelo organizativo s&atilde;o as melhores", adiantou, ao M&eacute;dico de Fam&iacute;lia a coordenadora da USF do ACES P&oacute;voa de Varzim/Vila do Conde, Lu&iacute;sa Basto. A esta altura, os leitores mais atentos e ass&iacute;duos do ponto de situa&ccedil;&atilde;o j&aacute; estar&atilde;o a indagar-se porque raz&atilde;o pass&aacute;mos de 243 USF em funcionamento, na edi&ccedil;&atilde;o anterior, para 248, se apenas quatro USF abriram portas desde ent&atilde;o. A explica&ccedil;&atilde;o foi-nos transmitida pelo gabinete da ministra da Sa&uacute;de: a USF Amoreira, da regi&atilde;o do Alentejo (CS Elvas/ACES Caia), entrou em funcionamento no passado dia 29 de Mar&ccedil;o, no entanto, por lapso, s&oacute; agora foi contabilizada na estat&iacute;stica. Candidaturas abrandam Na primeira quinzena de Julho, houve apenas uma nova candidatura a USF, recebida no dia 6. A 433&ordf; candidata ao novo modelo organizativo d&aacute; pelo nome de USF Domigues Joanes (CS de Oliveira do Hospital) e a equipa &eacute; composta por seis MF, oito enfermeiros e seis funcion&aacute;rios administrativos. De acordo com os dados avan&ccedil;ados ao nosso jornal pelo MS, as equipas a trabalhar no novo modelo organizativo, de Norte a Sul do Pa&iacute;s, s&atilde;o actualmente 248: 121 na regi&atilde;o Norte, 83 em LVT, 27 na regi&atilde;o Centro, nove no Algarve e oito no Alentejo. No total, s&atilde;o j&aacute; 4.951 os profissionais envolvidos - 1.761 MF, 1.782 enfermeiros e 1.408 secret&aacute;rios cl&iacute;nicos. Das 433 candidaturas, 325 j&aacute; foram aceites, 276 t&ecirc;m parecer t&eacute;cnico emitido e 257 j&aacute; foram homologadas pela respectiva Administra&ccedil;&atilde;o Regional de Sa&uacute;de. Em m&eacute;dia, as USF em actividade t&ecirc;m 20,5 profissionais: 7,2 MF, 7,3 enfermeiros e 6,0 funcion&aacute;rios administrativos. No que respeita ao modelo das USF, 138 funcionam em modelo A e 110 em modelo B. Segundo informa&ccedil;&atilde;o avan&ccedil;ada ao M&eacute;dico de Fam&iacute;lia pela tutela, a 12 de Julho estavam activas 117 candidaturas a USF.

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