Jornal Médico - 85%... têm doença crónica

S&atilde;o mulheres, com 60 ou mais anos de idade, baixo n&iacute;vel de escolaridade e doen&ccedil;a cr&oacute;nica. De acordo com o mais recente estudo do Grupo de Investiga&ccedil;&atilde;o do Centro de Sa&uacute;de da Senhora da Hora... S&atilde;o mulheres, com 60 ou mais anos de idade, baixo n&iacute;vel de escolaridade e doen&ccedil;a cr&oacute;nica. De acordo com o mais recente estudo do Grupo de Investiga&ccedil;&atilde;o do Centro de Sa&uacute;de da Senhora da Hora (GISH), este &eacute; o perfil t&iacute;pico do "hiperfrequentador" dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios. As conclus&otilde;es informam ainda que "a doen&ccedil;a psiqui&aacute;trica est&aacute; presente em cerca de metade" dos casos "Qualquer m&eacute;dico de fam&iacute;lia consegue identificar, na sua lista, este grupo de utentes: parecem estar sempre l&aacute;!". At&eacute; porque "h&aacute; neles uma aura especial que consegue arrancar ao m&eacute;dico os suspiros mais profundos logo que passa a olhar de relance pela agenda do dia", dizem os investigadores do GISH, no pre&acirc;mbulo do trabalho sobre "o perfil dos hiperfrequentadores dos CSP". A investiga&ccedil;&atilde;o, que teve lugar entre Abril e Junho deste ano, incidiu nos utentes que mais utilizam as consultas, inscritos nas listas de seis m&eacute;dicos de fam&iacute;lia (todos eles orientadores de forma&ccedil;&atilde;o de MGF do Centro de Sa&uacute;de da Senhora da Hora). Raquel Braga, m&eacute;dica de fam&iacute;lia e fundadora do GISH, explica que o CS (onde funciona a USF Lagoa e a UCSP Senhora da Hora) possui um n&uacute;mero significativo de utentes a descoberto e uma taxa de utiliza&ccedil;&atilde;o acima dos 80%, que tornam o trabalho assistencial pesado. "Importava-nos, por isso, conhecer o perfil dos utentes que mais recorrem aos nossos servi&ccedil;os". Estudo com aplica&ccedil;&atilde;o na pr&aacute;tica cl&iacute;nica Dos 582 indiv&iacute;duos avaliados, 444 s&atilde;o do sexo feminino (76%). A m&eacute;dia de idades foi de 55,4 anos. De acordo com os resultados da amostra, os "hiperfrequentadores" t&ecirc;m menos de sete anos de escolaridade; 75% s&atilde;o casados ou vivem em uni&atilde;o de facto; 46,2% trabalham e 35% est&atilde;o reformados. Cerca de 70% fazem parte de uma fam&iacute;lia nuclear. Os dados mais relevantes do estudo revelam que "cerca de 85% dos indiv&iacute;duos possuem doen&ccedil;a f&iacute;sica cr&oacute;nica" e "40% t&ecirc;m doen&ccedil;a psiqui&aacute;trica cr&oacute;nica diagnosticada". Raquel Braga, directora do Internato da Zona Norte e fundadora do GISH sublinha que "a clarifica&ccedil;&atilde;o do perfil do hiper-frequentador poder&aacute; ter um grande potencial para a optimiza&ccedil;&atilde;o e programa&ccedil;&atilde;o dos cuidados de sa&uacute;de". Nomeadamente, "levando os m&eacute;dicos de fam&iacute;lia a intervir no &acirc;mbito da fam&iacute;lia, promovendo a Sa&uacute;de Mental e articulando cuidados". Trabalho vai ser apresentado na pr&oacute;xima reuni&atilde;o do EGPRN O estudo da equipa do Norte, vai ser apresentado no 15&ordm; Congresso de Medicina Geral e Familiar e, posteriormente, na reuni&atilde;o de Outubro, do EGPRN (European General Practice Research Network), em Zurique (Su&iacute;&ccedil;a). De acordo com Raquel Braga, a presen&ccedil;a do GISH nesta reuni&atilde;o "vai permitir consolidar as rela&ccedil;&otilde;es - encetadas em 2009, por ocasi&atilde;o da apresenta&ccedil;&atilde;o de outro trabalho de investiga&ccedil;&atilde;o sobre a empatia na consulta de Medicina Geral e Familiar - com grupos de investiga&ccedil;&atilde;o europeus, nomeadamente no que se refere ao desenvolvimento de projectos multic&ecirc;ntricos, que requerem a colabora&ccedil;&atilde;o de m&eacute;dicos de fam&iacute;lia de v&aacute;rios pa&iacute;ses". Raquel Braga, directora do Internato da Zona Norte e fundadora do GISH sublinha que "a clarifica&ccedil;&atilde;o do perfil do hiper-frequentador poder&aacute; ter um grande potencial para a optimiza&ccedil;&atilde;o e programa&ccedil;&atilde;o dos cuidados de sa&uacute;de". Nomeadamente, "levando os m&eacute;dicos de fam&iacute;lia a intervir no &acirc;mbito da fam&iacute;lia, promovendo a Sa&uacute;de Mental e articulando cuidados" Entre os diversos projectos, a m&eacute;dica aponta a colabora&ccedil;&atilde;o com colegas do Reino Unido e da Turquia no desenvolvimento de trabalhos de investiga&ccedil;&atilde;o sobre ensino m&eacute;dico. &Eacute; objectivo do GISH "fazer com que a investiga&ccedil;&atilde;o se v&aacute; cimentando como um procedimento habitual, a par da nossa pr&aacute;tica cl&iacute;nica" e, atrav&eacute;s destas parcerias, ajudar a ultrapassar a sua dimens&atilde;o local, um dos principais obst&aacute;culos no momento de tentar a sua publica&ccedil;&atilde;o em revistas internacionais.

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