Jornal Médico - 89% das USF em Modelo B com direito a incentivos financeiros

Na Regi&atilde;o Centro, 54% das USF obteve incentivos institucionais. Oito das nove unidades em Modelo B v&atilde;o receber os financeiros. As equipas encaram estes pr&eacute;mios como " o resultado de um trabalho bem feito" Na Regi&atilde;o Centro, 54% das USF obteve incentivos institucionais. Oito das nove unidades em Modelo B v&atilde;o receber os financeiros. As equipas encaram estes pr&eacute;mios como " o resultado de um trabalho bem feito". Esperam &eacute; que os incentivos financeiros n&atilde;o demorem tanto tempo a chegar como os institucionais... Na ARS Centro, 54% das USF v&atilde;o receber incentivos institucionais referentes a 2009, o que representa um progresso muito significativo relativamente ao ano anterior. "Na verdade, h&aacute; praticamente uma invers&atilde;o de propor&ccedil;&otilde;es", aponta Ant&oacute;nio Barroso, coordenador da equipa de contratualiza&ccedil;&atilde;o dos CSP da ARS Centro. Do grupo que vai receber 100% dos incentivos fazem parte as USF Dom Dinis, Gr&atilde;o Vasco, Cruz de Celas, Serra da Lous&atilde;, Infante Dom Henrique e Briosa (27% das USF). As Unidades de Sa&uacute;de Familiar VitaSaurium, Viriato, Santa Joana, Condeixa, Moliceiro e Da Barrinha, ter&atilde;o direito a 50%. Este grupo representa, igualmente 27% das USF's da Regi&atilde;o Centro. "A soma de ambas as percentagens - por acaso, iguais -, situa-se em 54%", aponta o respons&aacute;vel da equipa de contratualiza&ccedil;&atilde;o. Aumento de desempenho traduz consolida&ccedil;&atilde;o das equipas Quanto aos incentivos financeiros, cinco das nove USF em Modelo B atingiram 100% do montante a que tinham direito: Serra da Lous&atilde;, Gr&atilde;o Vasco, Briosa, Dom Diniz, Da Barrinha. No mesmo grupo, tr&ecirc;s unidades (33%) - Condeixa, Santiago e Infante Dom Henrique - v&atilde;o receber 50% do total que, como aponta Ant&oacute;nio Barroso, "varia em fun&ccedil;&atilde;o da dimens&atilde;o, n&uacute;mero de profissionais e de utentes de cada USF em apre&ccedil;o". Estes resultados indicam que "89% das USF em Modelo B, conseguiram atingir desempenhos que lhes conferem o direito aos incentivos financeiros, seja na totalidade, seja a 50%". Se, em 2008, a avalia&ccedil;&atilde;o global do desempenho das USF da Administra&ccedil;&atilde;o Regional de Sa&uacute;de (ARS) Centro j&aacute; era considerada "francamente positiva", o m&eacute;dico sublinha o "importante salto qualitativo" registado em 2009. "A este desenvolvimento n&atilde;o &eacute; estranha a influ&ecirc;ncia global das USF que se qualificaram para acederem ao Modelo B". Com efeito, "no espa&ccedil;o de um ano, pass&aacute;mos de zero para nove unidades qualificadas naquele modelo". Seria, no entanto, "profundamente injusto para com as demais equipas se, erroneamente, consider&aacute;ssemos este o &uacute;nico e decisivo factor no progresso verificado", acrescenta. "O aumento do n&iacute;vel do desempenho que constatamos &eacute; geral e traduz bem o processo de consolida&ccedil;&atilde;o das equipas". Centro recuperou "perda" de USF para as ARS Norte e LVT Devido &agrave;s altera&ccedil;&otilde;es registadas na listagem das USF da Regi&atilde;o Centro, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel fazer compara&ccedil;&otilde;es directas dos resultados, alerta Ant&oacute;nio Barroso. Com efeito, em 2008 a Regi&atilde;o Centro contabilizava 28 USF, mas "por obra e gra&ccedil;a" do reordenamento do territ&oacute;rio, "perdeu" onze. Todavia, em 2009, o seu n&uacute;mero subia para 24. "A diferen&ccedil;a &eacute;, portanto, de apenas quatro unidades entre estes dois anos sucessivos, apesar das altera&ccedil;&otilde;es registadas ao n&iacute;vel da ordena&ccedil;&atilde;o do territ&oacute;rio nacional. Estas, ditaram a passagem de numerosos concelhos do Norte do Distrito de Aveiro (basta atentar no Concelho da Feira, aut&ecirc;ntico viveiro de USF) e de Viseu, para a Regi&atilde;o Norte e, em menor escala, do Sul de Leiria, para a Regi&atilde;o de Lisboa e Vale do Tejo. A diferen&ccedil;a final de apenas menos quatro USF, em 2009, traduz a intensidade com que, durante esse mesmo per&iacute;odo de tempo, se formaram novas unidades na nossa Regi&atilde;o", sublinha Ant&oacute;nio Barroso. USF receberam relat&oacute;rio preliminar em Julho Em rela&ccedil;&atilde;o ao processo de apuramento dos dados, o m&eacute;dico explica que "as USF receberam, em Julho, uma esp&eacute;cie de relat&oacute;rio preliminar, dando-lhes a possibilidade de verificar os seus valores, indicador a indicador, tal como o nosso departamento de contratualiza&ccedil;&atilde;o os conseguiu apurar". Este procedimento permite "um saud&aacute;vel exerc&iacute;cio do contradit&oacute;rio, dando &agrave;s equipas a hip&oacute;tese de contestarem (com base na apresenta&ccedil;&atilde;o de evid&ecirc;ncia documental) aqueles valores que o departamento de contratualiza&ccedil;&atilde;o lhes enviou e que consideravam incorrectos". E, de facto, em v&aacute;rios casos, "foram detectadas discrep&acirc;ncias". Todavia, o departamento de contratualiza&ccedil;&atilde;o "confrontou os dados das USF com as suas fontes de informa&ccedil;&atilde;o e, sempre em di&aacute;logo aberto (por e-mail, claro!), as discrep&acirc;ncias foram sendo corrigidas, de forma transparente, num sentido ou noutro". O m&eacute;dico afirma que o SIARS (Sistema de Informa&ccedil;&atilde;o das ARS) "&eacute; um bom instrumento" mas ainda apresenta "problemas de juventude" a que &eacute; preciso estar atento. No entanto, "tudo indica ter o potencial para poder vir a ser a base de dados de refer&ecirc;ncia para a grande maioria dos Indicadores que contratualizamos hoje ou, de acordo com naturais evolu&ccedil;&otilde;es futuras, que venhamos a contratualizar". USF lamentam atrasos nos pagamentos Desde 2007 que a USF Gr&atilde;o Vasco recebe os incentivos institucionais na totalidade. Mais uma vez, "a equipa sente a satisfa&ccedil;&atilde;o do dever cumprido", afirma o coordenador, Ant&oacute;nio Lemos. Mas, verdade seja dita, "tamb&eacute;m sentimos alguma m&aacute;goa porque apenas uma pequena parte desses incentivos foram investidos na nossa unidade". Neste momento, h&aacute; cerca de 30 mil euros que ainda n&atilde;o foram aplicados. "Esperemos que n&atilde;o ocorram agora os mesmos atrasos com os incentivos financeiros...". Apesar da d&uacute;vida, o m&eacute;dico sublinha que " que n&atilde;o foi isso que impediu os profissionais de se mobilizarem e de se empenharem em conseguir, mais uma vez, a globalidade dos incentivos institucionais e 100% dos financeiros". Quanto ao processo de contratualiza&ccedil;&atilde;o em si, o m&eacute;dico mostra-se satisfeito, sublinhando mesmo "o trabalho extraordin&aacute;rio" realizado pela equipa da ARS Centro. "Antes de nos enviarem os dados definitivos, mandaram-nos um relat&oacute;rio preliminar, permitindo-nos confrontar os dados". A t&iacute;tulo de exemplo, o coordenador refere uma quest&atilde;o relativa &agrave; taxa de mamografias. O problema, levantado pela USF Gr&atilde;o Vasco, teve repercuss&otilde;es em todas as unidades da Regi&atilde;o Centro. Ant&oacute;nio Lemos esclarece que "a Liga Portuguesa Contra o Cancro realiza rastreios do cancro da mama cada dois anos, em todos os centros de sa&uacute;de. Em 2009, esta ac&ccedil;&atilde;o come&ccedil;ou mais tarde do que o previsto, prolongando-se at&eacute; Abril de 2010. N&atilde;o fazia sentido pedir &agrave;s mulheres inscritas nas unidades de sa&uacute;de familiar para realizarem mamografias enquanto decorria o rastreio ". O departamento de contratualiza&ccedil;&atilde;o "entendeu perfeitamente que tal n&atilde;o seria l&oacute;gico e aceitou n&atilde;o s&oacute; a nossa argumenta&ccedil;&atilde;o como os nossos valores". Incentivos pode transformar-se em desincentivos... Para Jos&eacute; Manuel Pires, coordenador da USF Dom Diniz, o facto de a equipa ter conquistado o direito a receber incentivos institucionais e financeiros representa "o reconhecimento do trabalho que realiz&aacute;mos ao longo do ano". Os profissionais j&aacute; come&ccedil;aram a elaborar a proposta tendente &agrave; aplica&ccedil;&atilde;o do pr&eacute;mio de desempenho institucional. No ano passado, o processo pautou-se, &eacute; certo, por "alguma burocracia, atrasos e desacertos" mas, depois desta primeira experi&ecirc;ncia, o coordenador estima que, em 2010, "tudo dever&aacute; ser mais r&aacute;pido". Tanto mais que, alerta, os incentivos s&oacute; o ser&atilde;o realmente "se vierem a tempo e horas". Caso contr&aacute;rio, "podemos correr o risco de os transformar em desincentivos...". USF Briosa ainda aguarda material relativo a 2007 Na USF Briosa, estes pr&eacute;mios de desempenho s&atilde;o o resultado "da motiva&ccedil;&atilde;o dos profissionais, coordena&ccedil;&atilde;o de esfor&ccedil;os e trabalho de equipa". Em definitivo, "conseguimos fazer as coisas certas no momento certo", afirma a coordenadora, Concei&ccedil;&atilde;o Maia. Tamb&eacute;m nesta USF, a aplica&ccedil;&atilde;o dos incentivos institucionais deixa muito a desejar: "ainda n&atilde;o recebemos todo o material relativo a 2007".A m&eacute;dica lamenta igualmente a n&atilde;o concretiza&ccedil;&atilde;o, at&eacute; ao momento, das prometidas obras de alargamento do espa&ccedil;o. "Apesar de estar localizada em meio urbano, a taxa de utiliza&ccedil;&atilde;o da nossa unidade &eacute; muito elevada e a sala de espera tornou-se demasiado ex&iacute;gua", explica Concei&ccedil;&atilde;o Maia. Al&eacute;m disso, a equipa d&aacute; forma&ccedil;&atilde;o a nada menos que nove internos de Medicina Geral e Familiar. Gerir o espa&ccedil;o come&ccedil;a a ser uma tarefa cada vez mais ingrata... USF Serra da Lous&atilde; atingiu 97% dos indicadores contratualizados Para a equipa da USF Serra da Lous&atilde;, "&eacute; muito positivo o facto de ver o seu trabalho reconhecido". De acordo com Jo&atilde;o Rodrigues, "em 64 pontos poss&iacute;veis (indicadores da carteira b&aacute;sica e financeiros) obtivemos 62, o que corresponde a 97% dos indicadores contratualizados. Isso deixa-nos, obviamente, orgulhosos, porque sabemos das nossas capacidades e tamb&eacute;m que realizamos um bom trabalho". Os resultados, "v&atilde;o motivar-nos a fazer ainda mais e melhor". Uma das &aacute;reas de melhoria diz respeito ao envolvimento dos cidad&atilde;os na gest&atilde;o da USF. A aplica&ccedil;&atilde;o dos incentivos institucionais de 2009 ainda n&atilde;o foi discutida em conselho geral mas &eacute; de prever que o desenvolvimento de mecanismos de comunica&ccedil;&atilde;o e de integra&ccedil;&atilde;o dos utentes no dia-a-dia da USF seja uma das tem&aacute;ticas em apre&ccedil;o.

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