Jornal Médico - Presidência portuguesa faz balanço

O Porto foi a cidade escolhida para a realiza&ccedil;&atilde;o da assembleia-geral de Outono da UEMO... O Porto foi a cidade escolhida para a realiza&ccedil;&atilde;o da assembleia-geral de Outono da European Union of General Practitioners/Family Physicians (UEMO), a &uacute;ltima sob presid&ecirc;ncia portuguesa. A sess&atilde;o de abertura contou com a presen&ccedil;a, entre outros, do presidente da APMCG, Jo&atilde;o Sequeira Carlos, da l&iacute;der do Royal College of General Practitioners, Iona Heath, e do representante do Col&eacute;gio de MGF da Ordem dos M&eacute;dicos francesa, Xavier Deau. A reuni&atilde;o do Porto constituiu, igualmente, um momento de balan&ccedil;o da actual presid&ecirc;ncia, liderada por Isabel Caixeiro, que em Janeiro ir&aacute; passar o testemunho ao Prof. Ferenc Hajnal, da Hungria. Na perspectiva da m&eacute;dica de fam&iacute;lia, o trabalho desenvolvido nos &uacute;ltimos quatro anos foi positivo "n&atilde;o s&oacute; em termos de resultados e do cumprimento de objectivos, mas tamb&eacute;m do reconhecimento da capacidade da presid&ecirc;ncia portuguesa de chegar a consensos e de manter a organiza&ccedil;&atilde;o a funcionar, apesar das crises que t&ecirc;m surgido, a n&iacute;vel econ&oacute;mico e pol&iacute;tico, e que conduziram a alguma paralisia noutros organismos europeus, como aconteceu com o Comit&eacute; Permanente dos M&eacute;dicos Europeus". Durante a presid&ecirc;ncia portuguesa, a UEMO (fundada em 1967) foi reconhecida, em Bruxelas, como uma organiza&ccedil;&atilde;o sem fins lucrativos. A partir desse momento, tornou-se "um parceiro importante", com influ&ecirc;ncia nas decis&otilde;es europeias. Neste &acirc;mbito, Isabel Caixeiro destaca, particularmente, a parceria contra o cancro, um projecto apoiado pelo Parlamento Europeu. "Normalmente, quando se fala em oncologia, pensa-se sempre nos servi&ccedil;os hospitalares, tecnologia de ponta e medicamentos inovadores. A aceita&ccedil;&atilde;o da UEMO como um parceiro importante nos grupos de trabalho da Comiss&atilde;o Europeia representa o reconhecimento do papel dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia no seguimento dos doentes oncol&oacute;gicos, preven&ccedil;&atilde;o e diagn&oacute;stico precoce". Reconhecimento da especialidade &eacute; um dos cavalos de batalha Outro aspecto importante da ac&ccedil;&atilde;o desenvolvida pela presid&ecirc;ncia portuguesa diz respeito ao reconhecimento da MGF na Europa. Mesmo naqueles pa&iacute;ses onde esse reconhecimento ainda n&atilde;o &eacute; uma realidade, Isabel Caixeiro assegura que existe vontade de avan&ccedil;ar. A Fran&ccedil;a, por exemplo, j&aacute; tem um Col&eacute;gio da especialidade, integrado na Ordem dos M&eacute;dicos. No Reino Unido, a presidente do Royal College of General Practitioners (RCGP), Iona Heath, tamb&eacute;m tem vindo a defender essa via, salientando o esfor&ccedil;o desenvolvido pela UEMO nessa mat&eacute;ria. A organiza&ccedil;&atilde;o europeia dos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia defende, igualmente, a revis&atilde;o da Directiva 36/2005, relativa ao reconhecimento autom&aacute;tico das qualifica&ccedil;&otilde;es, devendo a MGF passar a fazer parte do mesmo anexo onde s&atilde;o referidas todas as outras especialidades. A par desta quest&atilde;o major, na reuni&atilde;o do Porto foram ainda divulgados v&aacute;rios documentos importantes para a Medicina Familiar. Nomeadamente, recomenda&ccedil;&otilde;es sobre a utiliza&ccedil;&atilde;o de medicamentos em crian&ccedil;as e jovens, a correcta utiliza&ccedil;&atilde;o dos testes de rastreio e dos antibi&oacute;ticos. Nesta mat&eacute;ria, &eacute; de salientar a ades&atilde;o da UEMO, pelo segundo ano consecutivo, &agrave;s comemora&ccedil;&otilde;es do Dia Europeu do Antibi&oacute;tico, promovidas pelo Centro Europeu de Doen&ccedil;as Contagiosas.

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