Jornal Médico - Governo garante que reforma é para avançar… apesar da crise

O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de garante que a crise econ&oacute;mica que afecta o pa&iacute;s n&atilde;o ter&aacute; qualquer impacto sobre o avan&ccedil;o da reorganiza&ccedil;&atilde;o dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios. A garantia foi dada por Ana Jorge e Manuel Pizarro, na &uacute;ltima reuni&atilde;o do conselho consultivo para a reforma. O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de garante que a crise econ&oacute;mica que afecta o pa&iacute;s n&atilde;o ter&aacute; qualquer impacto sobre o avan&ccedil;o da reorganiza&ccedil;&atilde;o dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios. A garantia foi dada por Ana Jorge e Manuel Pizarro, na &uacute;ltima reuni&atilde;o do conselho consultivo para a reforma. Neste encontro, os dois governantes asseguraram que as restri&ccedil;&otilde;es or&ccedil;amentais n&atilde;o impedem a cria&ccedil;&atilde;o de novos projectos e que as unidades j&aacute; em funcionamento n&atilde;o ser&atilde;o prejudicadas ao n&iacute;vel dos recursos humanos, uma vez que os profissionais em situa&ccedil;&atilde;o de mobilidade ter&atilde;o mais tempo para resolver, em definitivo, a sua situa&ccedil;&atilde;o O conselho consultivo para a reforma dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios (CSP) reuniu no passado dia 3 de Dezembro. O encontro foi presidido pela ministra da Sa&uacute;de e contou com a participa&ccedil;&atilde;o do secret&aacute;rio de Estado Adjunto e da Sa&uacute;de (SEAS) Manuel Pizarro, que tutela a &aacute;rea dos CSP. Na reuni&atilde;o, estiveram presentes representantes de 15 institui&ccedil;&otilde;es representativas de profissionais e utentes bem como o coordenador do grupo estrat&eacute;gico para a reforma, V&iacute;tor Ramos. Na ocasi&atilde;o, o SEAS apresentou dados &ndash; referentes ao ano de 2009 &ndash; sobre a actividade das unidades de sa&uacute;de familiar (USF), que quando comparados com os obtidos no ano anterior revelam uma evolu&ccedil;&atilde;o como um ganho significativo em toda a linha. De entre os dados revelados no encontro, destacam-se o aumento do n&uacute;mero de USF contratualizadas (passaram de 101, em 2008, para 158 em 2009 e 214 em 2010), o acr&eacute;scimo de popula&ccedil;&atilde;o abrangida por USF (de 1.261.752 utentes cobertos, em 2008, para 2.727.000, em 2010) ou as poupan&ccedil;as alcan&ccedil;adas com a efici&ecirc;ncia das novas unidades. A este prop&oacute;sito, diga-se que em 2009 as USF tiveram um custo m&eacute;dio por utilizador de 186 euros com medicamentos e 62 euros com MCDT, por oposi&ccedil;&atilde;o aos agrupamentos de centros de sa&uacute;de (ACES), que gastaram 245 euros e 81 euros, nas mesmas rubricas. Manuel Pizarro mostrou, ainda, que em 2009 foram concedidos 923.200&euro; em incentivos institucionais para as USF, ainda que 79 equipas &ndash; num total de 158 &ndash; n&atilde;o tivessem conseguido aceder a este tipo de benef&iacute;cio. No mesmo ano foram ainda atribu&iacute;dos 1.277.644&euro; em incentivos financeiros a 50 USF (27 delas com direito a 100% de incentivos financeiros, gra&ccedil;as &agrave; sua performance). Segundo os dados do gabinete do SEAS, na compara&ccedil;&atilde;o directa entre as medianas de 2008 e 2009, verificaram-se tamb&eacute;m ligeiros acr&eacute;scimos em v&aacute;rios indicadores de acesso no panorama global dos CSP. Nomeadamente, na taxa de utiliza&ccedil;&atilde;o global de consultas, na percentagem de consultas ao utente pelo seu pr&oacute;prio m&eacute;dico de fam&iacute;lia (um valor que se aproxima j&aacute; dos 86%) ou na taxa de visitas domicili&aacute;rias m&eacute;dicas, por mil inscritos. Ao n&iacute;vel do desempenho assistencial, a tutela refor&ccedil;a as melhorias registadas entre 2008 e 2009, em &aacute;reas como a percentagem de primeiras consultas de gravidez no 1&ordm; trimestre, a percentagem de mulheres entre os 25 e os 64 anos de idade com colpocitologia actualizada, ou a percentagem de mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos com mamografia registada nos &uacute;ltimos dois anos. Destaque, tamb&eacute;m, na informa&ccedil;&atilde;o divulgada ao conselho consultivo, para o progresso verificado na abertura de novas unidades funcionais, em particular de unidades de cuidados na comunidade (UCC). Assim, nos &uacute;ltimos quatro meses de 2010 foram inauguradas 44 UCC, em todo o territ&oacute;rio continental (com excep&ccedil;&atilde;o da Regi&atilde;o Norte). Governo afian&ccedil;a que Or&ccedil;amento de Estado para 2011 protege CSP Balan&ccedil;o positivo &agrave; parte, para os membros do conselho consultivo ter&atilde;o sido mais valorizadas as palavras de tranquilidade proferidas por Manuel Pizarro. Palavras que apontam numa direc&ccedil;&atilde;o: a reforma dos CSP n&atilde;o est&aacute; condicionada por quaisquer restri&ccedil;&otilde;es or&ccedil;amentais, o que equivale a dizer que os diversos concursos para as coloca&ccedil;&otilde;es de rec&eacute;m-especialistas, assim como as mobilidades em curso e a aprova&ccedil;&atilde;o de novas unidades funcionais (incluindo USF em modelo B) n&atilde;o est&atilde;o em risco. O dirigente declarou (na presen&ccedil;a de Ana Jorge) que o Or&ccedil;amento de Estado aprovado para 2011 tem a capacidade para acautelar todas estas necessidades. Em suma, a tutela afirma n&atilde;o existirem quaisquer entraves de natureza financeira ou pol&iacute;tica que possam, de algum modo, interferir no rumo tra&ccedil;ado para a reforma, ao mesmo tempo que assegura a continuidade dos contratos a termo certo e das mobilidades que envolvem profissionais dos CSP, at&eacute; 31 de Dezembro de 2011. Isto &eacute;, o governo dilata por mais um ano o prazo para regularizar todos os v&iacute;nculos que permanecem incertos, no sentido de garantir que todos os recursos humanos hoje empregues nos diferentes ACES poder&atilde;o vir a ser correctamente assimilados. Muito j&aacute; foi feito&hellip; Mas h&aacute; ainda muito por fazer O grupo de coordena&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica para a reforma divulgou dois documentos de refer&ecirc;ncia, na &uacute;ltima reuni&atilde;o do conselho consultivo. O primeiro, intitulado Relat&oacute;rio de Progresso da Reforma dos Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios, condensou os principais desenvolvimentos da reforma j&aacute; alcan&ccedil;ados (at&eacute; 30 de Novembro de 2010), em &aacute;reas como a inova&ccedil;&atilde;o e boas pr&aacute;ticas, a Sa&uacute;de da pessoa e da fam&iacute;lia, a diversidade disciplinar nos CSP, a forma&ccedil;&atilde;o de novos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia, a contratualiza&ccedil;&atilde;o, a participa&ccedil;&atilde;o dos cidad&atilde;os e da comunidade ou a forma&ccedil;&atilde;o de directores executivos e de conselhos cl&iacute;nicos de ACES, entres outras vertentes. O segundo documento, Trabalhos em Curso e Documentos em Elabora&ccedil;&atilde;o, estabelece uma esp&eacute;cie de road-map para os pr&oacute;ximos meses, no qual se identificam os diferentes despachos, gui&otilde;es, grelhas, modelos, listas de orienta&ccedil;&otilde;es e de indicadores, programas de forma&ccedil;&atilde;o, pareceres, quadros de refer&ecirc;ncia ou relat&oacute;rios que as diversas entidades envolvidas na reforma devem concretizar, em trinta &aacute;reas ou frentes de trabalho distintas. Segundo V&iacute;tor Ramos, l&iacute;der do grupo de coordena&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica para a reforma, esta segunda reuni&atilde;o do conselho consultivo foi bem mais positiva do que a primeira: &ldquo;no primeiro encontro, era dif&iacute;cil perceber se muitos intervenientes se encontravam entusiasmados com esta reforma. Desta vez, pareceu-me que todas as partes concordaram num aspecto: &eacute; ponto assente que a reforma se reveste de enorme import&acirc;ncia para o pa&iacute;s! Contar com este tipo de suporte social &eacute; fundamental e o conselho consultivo existe, precisamente, para alargar a base de apoio social das medidas&rdquo;. V&iacute;tor Ramos frisa que alguns dos problemas trazidos &agrave; baila no conselho consultivo pelos seus membros tamb&eacute;m preocupam o grupo de coordena&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica, a come&ccedil;ar pelos obst&aacute;culos nos sistemas de informa&ccedil;&atilde;o: &ldquo;&eacute; um problema que persiste h&aacute; 20 anos e que aflige as pessoas&rdquo;, afirmou ao nosso jornal. Confrontado com o facto de Portugal viver um momento de crise, que poder&aacute; motivar os decisores a abrandarem o investimento nos CSP, V&iacute;tor Ramos considera que estas reuni&otilde;es do conselho consultivo devem ser aproveitadas para inverter a l&oacute;gica deste pensamento: &ldquo;o desafio &eacute; sabermos colocar a reforma como estrat&eacute;gia importante para a execu&ccedil;&atilde;o or&ccedil;amental. Ou seja, comprovar que a reforma pode ajudar a racionalizar a despesa do SNS!&rdquo;. APMCG apresenta propostas para integra&ccedil;&atilde;o de rec&eacute;m-especialistas Para esta reuni&atilde;o do conselho consultivo, a APMCG levou uma agenda recheada de temas que gostaria de ver abordados nesta fase, crucial, da reforma. Entre eles, a necessidade de tornar mais c&eacute;leres e equitativos os concursos de coloca&ccedil;&atilde;o dos jovens especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF), sempre na perspectiva de reduzir as assimetrias entre regi&otilde;es a que se tem assistido nos &uacute;ltimos anos. Neste contexto dos concursos, o vice-presidente da APMCG e representante da institui&ccedil;&atilde;o no conselho consultivo, Rui Nogueira defendeu que os actuais mapas de concursos, nos quais as vagas est&atilde;o distribu&iacute;das e identificadas apenas por ACES, incorporem desde logo um n&uacute;mero espec&iacute;fico de vagas adstritas &agrave;s USF de cada ACES, &agrave;s quais os candidatos poder&atilde;o concorrer. Esta ideia foi apenas aflorada durante a reuni&atilde;o do conselho, j&aacute; que a APMCG pretende desenvolv&ecirc;-la para depois a apresentar formalmente &agrave; ministra. &ldquo;Queremos estudar melhor esta proposta, estrutur&aacute;-la devidamente, antes de avan&ccedil;ar com ela junto do grupo de coordena&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica e da tutela. Em resumo, o que se pretende &eacute; que as USF entrevistem, por exemplo, dois ou tr&ecirc;s dos dez candidatos que se candidatam ao seu ACES, seleccionando desta forma um novo elemento. As USF t&ecirc;m hoje a prerrogativa da livre escolha dos seus profissionais, mas a verdade &eacute; que as equipas acabam por se constituir atrav&eacute;s de convite directo. Com esta nova metodologia, conserva-se o direito da livre op&ccedil;&atilde;o, mas ganha-se transpar&ecirc;ncia e efic&aacute;cia nas coloca&ccedil;&otilde;es. Na actualidade, o que acontece &eacute; que os especialistas acabam por ser colocados num local e depois s&atilde;o mobilizados para a USF da sua prefer&ecirc;ncia. Tudo isto resulta numa enorme confus&atilde;o&rdquo;, explica Rui Nogueira. Em paralelo, o vice-presidente da APMCG considera vital que o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de agilize os concursos de coloca&ccedil;&atilde;o dos rec&eacute;m-especialistas e crie uma matriz nacional para estes processos, a fim de evitar &ldquo;as enormes assimetrias regionais verificadas, reconhecidas inclusive pelo SEAS. Estes concursos j&aacute; foram feitos de forma r&aacute;pida e adequada, em algumas regi&otilde;es, o que demonstra que &eacute; algo poss&iacute;vel de realizar. &Eacute;, de facto, uma pena que n&atilde;o seja sempre assim&rdquo;. A APMCG revelou tamb&eacute;m interesse em promover uma maior abrang&ecirc;ncia dos princ&iacute;pios reformistas &ndash; no sentido de alargar o n&uacute;mero de USF e de incluir mais profissionais de sa&uacute;de na nova filosofia de actua&ccedil;&atilde;o &ndash;, sempre com o intuito de colocar um fim aos sinais de iniquidade, capazes de gerar mal-estar quer entre os profissionais de sa&uacute;de, quer entre as popula&ccedil;&otilde;es. A APMCG deixou, igualmente, uma nota de preocupa&ccedil;&atilde;o face a determinadas condicionantes do SNS, em particular no que respeita ao n&uacute;mero de portugueses que poder&atilde;o ficar sem m&eacute;dico de fam&iacute;lia nos anos que se avizinham. Inexplic&aacute;vel, para a associa&ccedil;&atilde;o, &eacute; o facto de o SNS estar a integrar rec&eacute;m-especialistas de MGF em hor&aacute;rios de 35 horas semanais, quando estes saem do internato extremamente motivados para uma contribui&ccedil;&atilde;o alargada nos CSP e poderiam, como tal, ser muito melhor rentabilizados em prol do sistema de sa&uacute;de e da presta&ccedil;&atilde;o de cuidados. Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; atitude manifestada pela quase totalidade dos membros do conselho consultivo, de franco apoio ao desenvolvimento da reforma, &agrave;s unidades funcionais e aos profissionais que lhe d&atilde;o corpo, Rui Nogueira detectou uma especial altera&ccedil;&atilde;o de comportamento por parte do Sindicato Independente dos M&eacute;dicos (ver caixa), que se mostrou nesta fase muito mais receptivo &agrave;s actuais transforma&ccedil;&otilde;es: &ldquo;para mim foi uma novidade. Este apoio t&atilde;o expl&iacute;cito e evidente &agrave; reforma, esta postura t&atilde;o construtiva, &eacute; de facto not&aacute;vel. Trata-se de uma evolu&ccedil;&atilde;o assinal&aacute;vel, que n&atilde;o deve ser desperdi&ccedil;ada!&rdquo;. USFAN alerta para descontentamento com sistemas de informa&ccedil;&atilde;o Um dos pontos essenciais da exposi&ccedil;&atilde;o da USFAN ao conselho consultivo envolveu as dificuldades sentidas no trabalho com os sistemas de informa&ccedil;&atilde;o, em particular entre as equipas que usam o SAM/SAPE e para as quais continua indispon&iacute;vel um m&oacute;dulo estat&iacute;stico apropriado. Neste &acirc;mbito, a USFAN apresentou os resultados de um question&aacute;rio realizado junto de 75 coordenadores de USF, atrav&eacute;s do qual &eacute; poss&iacute;vel perceber que 69,5% das equipas que recorrem ao SAM/SAPE est&atilde;o insatisfeitas ou muito insatisfeitas com a resposta daquele conjunto de aplica&ccedil;&otilde;es. No mesmo universo, 60% dos profissionais est&atilde;o insatisfeitos ou muito insatisfeitos em rela&ccedil;&atilde;o ao m&oacute;dulo estat&iacute;stico do SAM/SAPE (seja porque o acesso ao mesmo lhes est&aacute; vedado, seja porque lhe apontam falhas graves). A USFAN quer que se calcule e divulgue o custo das diferentes solu&ccedil;&otilde;es inform&aacute;ticas presentes nos CSP e que se garanta um m&oacute;dulo estat&iacute;stico eficaz para as USF, j&aacute; em Janeiro de 2011. Do mesmo modo, solicitou que passe a existir uma resposta imediata aos pedidos de ajuda nos casos de mau funcionamento dos sistemas e que se providencie, sem mais delongas, o acesso por parte dos coordenadores das USF &agrave; informa&ccedil;&atilde;o com origem no Sistema de Informa&ccedil;&atilde;o das ARS, o SIARS. Da parte da tutela, os dirigentes da USFAN receberam de Manuel Pizarro o compromisso de que iria satisfazer a exig&ecirc;ncia no mais curto espa&ccedil;o de tempo. Entre as reivindica&ccedil;&otilde;es da USFAN sublinhe-se tamb&eacute;m a necessidade das ARS (e respectivos departamentos de contratualiza&ccedil;&atilde;o) respeitarem o princ&iacute;pio do contradit&oacute;rio, quando negoceiam com as equipas de sa&uacute;de, do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de eliminar as situa&ccedil;&otilde;es de precariedade laboral nas USF (85% das equipas t&ecirc;m pelo menos um elemento com v&iacute;nculo prec&aacute;rio e 53% incluem profissionais em regime de mobilidade) e da cria&ccedil;&atilde;o de um plano global e plurianual de forma&ccedil;&atilde;o para os profissionais dos CSP, dinamizado em parceria pela USFAN, pelo grupo de coordena&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica e pelo dispositivo da administra&ccedil;&atilde;o de Sa&uacute;de. Por &uacute;ltimo, a USFAN relembrou que &eacute; chegada a altura da Direc&ccedil;&atilde;o-Geral da Sa&uacute;de anunciar publicamente as condi&ccedil;&otilde;es de candidatura para a acredita&ccedil;&atilde;o das USF, at&eacute; porque segundo aquela organiza&ccedil;&atilde;o o processo de acredita&ccedil;&atilde;o deve desenrolar-se nas USF em Modelo B at&eacute; 2011, por imposi&ccedil;&atilde;o legal. SIM deseja que USF em modelo B sejam acarinhadas O Sindicato Independente dos M&eacute;dicos (SIM) apresentou-se na reuni&atilde;o do conselho consultivo para a reforma dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios com um documento onde expressa uma posi&ccedil;&atilde;o de total apoio &agrave;s unidades de sa&uacute;de familiar (USF) e demais unidades funcionais dos agrupamentos de centros de sa&uacute;de (ACES). Assim, a posi&ccedil;&atilde;o oficial manifestada pelo SIM &eacute; a de que &ldquo;as USF s&atilde;o para manter e apoiar&rdquo;, que o modelo B &eacute; &ldquo;para acarinhar&rdquo;, o mesmo sucedendo com as unidades de cuidados de sa&uacute;de personalizados (UCSP). Ou seja, o SIM defende agora que &ldquo;o futuro de ambas as USF, das UCSP e dos centros de sa&uacute;de, depende do equil&iacute;brio e da equidade de meios dispon&iacute;veis para todos os m&eacute;dicos de fam&iacute;lia, incluindo avalia&ccedil;&atilde;o das mobilidades autorizadas e das suas consequ&ecirc;ncias&rdquo;. O secretariado nacional do SIM sublinha tamb&eacute;m o papel que, no seu entender, as USF devem desempenhar hoje no alargamento da cobertura assistencial em territ&oacute;rio portugu&ecirc;s: &ldquo;uma resposta conjugada e s&eacute;ria para os utentes sem m&eacute;dico de fam&iacute;lia &eacute; crucial para manter a respeitabilidade dos centros de sa&uacute;de. Deste desafio as USF n&atilde;o devem ser exclu&iacute;das&rdquo;. Grupo de Coordena&ccedil;&atilde;o Estrat&eacute;gica da Reforma dos CSP - trinta linhas de trabalho em curso O Grupo de Coordena&ccedil;&atilde;o Estrat&eacute;gica da reforma dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios enviou recentemente aos coordenadores de unidades de sa&uacute;de um documento de divulga&ccedil;&atilde;o do trabalho que tem vindo a desenvolver no &acirc;mbito das suas compet&ecirc;ncias. A iniciativa faz parte da estrat&eacute;gia da Coordena&ccedil;&atilde;o Estrat&eacute;gica para a reforma de manter um contacto regular com todos os l&iacute;deres dos servi&ccedil;os e unidades dos CSP. Autonomia dos ACES &eacute; prioridade Na actual etapa da reforma, as prioridades, de acordo com V&iacute;tor Ramos, respons&aacute;vel do Grupo de Coordena&ccedil;&atilde;o Estrat&eacute;gica, s&atilde;o a descentraliza&ccedil;&atilde;o da gest&atilde;o das ARS para os agrupamentos de centros de sa&uacute;de, avalia&ccedil;&atilde;o de desempenho dos dirigentes, sistemas de informa&ccedil;&atilde;o, recrutamento e mobilidade dos profissionais, apoio e contratualiza&ccedil;&atilde;o, sistema de qualidade e, por &uacute;ltimo, governa&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica e de sa&uacute;de. ACES: directores executivos v&atilde;o ser avaliados Ao n&iacute;vel dos agrupamentos de centros de sa&uacute;de, est&aacute; em curso a elabora&ccedil;&atilde;o do quadro de refer&ecirc;ncia conceptual e estrat&eacute;gico para a &ldquo;descentraliza&ccedil;&atilde;o e autonomia com responsabiliza&ccedil;&atilde;o&rdquo; ARS/ACES, no &acirc;mbito dos contratos-programa para 2012. A avalia&ccedil;&atilde;o do desempenho dos dirigentes come&ccedil;ar&aacute; pelos directores executivos dos ACES, &ldquo;dado serem ele, em grande medida, chaves-mestras para muitos dos aspectos de transforma&ccedil;&atilde;o dos CSP&rdquo;. As respectivas cartas de miss&atilde;o, assinadas em Abril de 2009, j&aacute; previam esta avalia&ccedil;&atilde;o cujo modelo, de acordo com V&iacute;tor Ramos, dever&aacute; ser apresentado at&eacute; Dezembro, o mais tardar. Ao n&iacute;vel dos sistemas de informa&ccedil;&atilde;o, os trabalhos em curso visam ultrapassar os principais factores de bloqueio e disfun&ccedil;&atilde;o que &ldquo;infernizam&rdquo; o dia-a-dia dos profissionais e impossibilitam a monitoriza&ccedil;&atilde;o e avalia&ccedil;&atilde;o &ldquo;do muito que se faz nos CSP em Portugal&rdquo;. J&aacute; no que toca aos indicadores de monitoriza&ccedil;&atilde;o e avalia&ccedil;&atilde;o do desempenho, um grupo t&eacute;cnico est&aacute; a trabalhar na proposta de uma nova grelha, que ser&aacute; &ldquo;ensaiada&rdquo; em 2011 e aplicada em 2012. Na defini&ccedil;&atilde;o deste novos indicadores, o grupo de trabalho respons&aacute;vel pela sua elabora&ccedil;&atilde;o ter&aacute; em conta a evid&ecirc;ncia cient&iacute;fica mais actualizada. N&atilde;o h&aacute; reforma&hellip; Sem &ldquo;recrutamento correcto e mobilidade&rdquo; No que se refere ao recrutamento correcto e mobilidade dos profissionais, &ldquo;sem o qual n&atilde;o ser&aacute; poss&iacute;vel prosseguir o processo de reforma&rdquo;, a Coordena&ccedil;&atilde;o solicitou a colabora&ccedil;&atilde;o das direc&ccedil;&otilde;es de Internato e da pr&oacute;pria APMCG, ao n&iacute;vel da &ldquo;gest&atilde;o previsional a 10-15 anos das necessidades, capacidades formativas e mapas anuais de vagas para o Internato de MGF&rdquo;, assim como &ldquo;as linhas essenciais para um novo regulamento de concursos de ingresso de novos especialistas de MGF, tendo em conta a legisla&ccedil;&atilde;o que rege a constitui&ccedil;&atilde;o das equipas das USF&rdquo;. Acredita&ccedil;&atilde;o&hellip; Em tr&ecirc;s anos A acredita&ccedil;&atilde;o, no prazo de tr&ecirc;s anos, das muitas centenas de unidades e dos ACES, no seu conjunto, &eacute; outro dos objectivos da Coordena&ccedil;&atilde;o que, dentro em breve, ir&aacute; publicar no seu site (www.csp.min-saude.pt), o Guia para Aplica&ccedil;&atilde;o do Diagn&oacute;stico da Qualidade Organizacional nas USF (DiQuOrUSF), um passo interm&eacute;dio e preparat&oacute;rio para a acredita&ccedil;&atilde;o das USF.

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