Jornal Médico - O Fórum Nacional Álcool - APMCG assina carta de compromisso

O F&oacute;rum Nacional &Aacute;lcool e Sa&uacute;de, um dos quatro pilares do actual Plano Nacional para Redu&ccedil;&atilde;o dos Problemas Ligados ao &Aacute;lcool, j&aacute; possui uma carta de compromisso, assinada por 53 entidades, entre elas a Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa de M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral O F&oacute;rum Nacional &Aacute;lcool e Sa&uacute;de, um dos quatro pilares do actual Plano Nacional para Redu&ccedil;&atilde;o dos Problemas Ligados ao &Aacute;lcool, j&aacute; possui uma carta de compromisso, assinada por 53 entidades, entre elas a Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa de M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral. Todos os subscritores comprometem-se a iniciar o seu pr&oacute;prio plano de ac&ccedil;&atilde;o para reduzir os efeitos nocivos do &aacute;lcool, plano esse que ter&aacute; &ndash; obrigatoriamente &ndash; que contemplar indicadores de processo, afecta&ccedil;&atilde;o de recursos, objectivos mensur&aacute;veis e calend&aacute;rios de execu&ccedil;&atilde;o A cidade de Loures assistiu &agrave; cerim&oacute;nia formal da assinatura da carta de compromisso do F&oacute;rum Nacional &Aacute;lcool e Sa&uacute;de (FNAS), uma plataforma interinstitucional que pretende dar contributos v&aacute;lidos para diminuir o impacto negativo do consumo excessivo de &aacute;lcool em Portugal, uma pr&aacute;tica que &eacute; respons&aacute;vel por 7,4% de todos os problemas de sa&uacute;de e casos de morte prematura na Uni&atilde;o Europeia, assim como por 10% da mortalidade feminina e 25% da mortalidade masculina no Velho Continente, na faixa et&aacute;ria dos 15 aos 29 anos. O FNAS faz parte integrante do Plano Nacional para a Redu&ccedil;&atilde;o dos Problemas Ligados ao &Aacute;lcool &ndash; aprovado em Maio de 2010 em Conselho Interministerial &ndash; e encontra-se sob supervis&atilde;o directa do coordenador nacional para os problemas da droga, das toxicodepend&ecirc;ncias e do uso nocivo do &aacute;lcool (que &eacute; tamb&eacute;m, por iner&ecirc;ncia, o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodepend&ecirc;ncia &ndash; IDT). Jo&atilde;o Goul&atilde;o foi, ali&aacute;s, um dos protagonistas nesta cerim&oacute;nia de assinatura da carta de compromisso do FNAS, em conjunto com o vogal do conselho directivo do IDT, Manuel Cardoso, o presidente da autarquia de Loures &ndash; a &uacute;nica por enquanto a subscrever o documento &ndash;, Carlos Teixeira, o secret&aacute;rio de Estado Adjunto e da Sa&uacute;de Manuel Pizarro e o ministro da Administra&ccedil;&atilde;o Interna, Rui Pereira. Para discursar em nome das associa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais foi convidado o presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa de M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral (APMCG). Na ocasi&atilde;o, Jo&atilde;o Sequeira Carlos declarou que &ldquo;o m&eacute;dico de fam&iacute;lia desempenha um papel fundamental na identifica&ccedil;&atilde;o de consumos abusivos e na preven&ccedil;&atilde;o das consequ&ecirc;ncias individuais, familiares e sociais do uso excessivo do &aacute;lcool&rdquo;, com especial enfoque na &ldquo;obriga&ccedil;&atilde;o de avaliar comportamentos de risco entre adolescentes e jovens&rdquo;. O presidente da APMCG est&aacute; convencido de que as associa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais s&atilde;o imprescind&iacute;veis na luta contra o uso abusivo de bebidas alco&oacute;licas, &ldquo;pelo enorme conhecimento que re&uacute;nem no terreno&rdquo;. Jo&atilde;o Sequeira Carlos garantiu ainda em Loures que o aprofundamento das parcerias com o IDT &eacute; um &ldquo;elemento fulcral na estrat&eacute;gia do N&uacute;cleo de Comportamentos Aditivos da APMCG&rdquo;. Ainda de acordo com o presidente da APMCG, o FNAS pode hoje ser encarada como um mecanismo &uacute;nico de interven&ccedil;&atilde;o ao n&iacute;vel da Sa&uacute;de P&uacute;blica: &ldquo;&eacute; uma plataforma extremamente original. Existem outros exemplos similares, mas penso que em Portugal nunca se tinha reunido um grupo de parceiros t&atilde;o amplo e diversificado, que compromete at&eacute; o sector da produ&ccedil;&atilde;o de bebidas com &aacute;lcool. Apraz-nos muito que nesta plataforma a APMCG tenha um lugar de destaque enquanto membro fundador e que tenha reca&iacute;do sobre n&oacute;s a escolha, por proposta do IDT, de representar as associa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais nesta circunst&acirc;ncia&rdquo;. Plataforma j&aacute; &eacute; um &ecirc;xito Para o presidente do IDT &eacute; necess&aacute;rio salientar o sucesso j&aacute; alcan&ccedil;ado com o FNAS e a mobiliza&ccedil;&atilde;o que esta plataforma conseguiu gerar nos diversos sectores da sociedade portuguesa, facto atestado pelo elevado n&uacute;mero de entidades que subscreveram a carta de compromisso. &ldquo;Trata-se de uma din&acirc;mica impressionante, capaz de exceder mesmo as nossas melhores expectativas&rdquo;, declara Jo&atilde;o Goul&atilde;o. O coordenador nacional para os problemas da droga, das toxicodepend&ecirc;ncias e do uso nocivo do &aacute;lcool frisou, sobretudo, &ldquo;a participa&ccedil;&atilde;o empenhada de institui&ccedil;&otilde;es que se dedicam, legitimamente, ao fabrico de bebidas alco&oacute;licas e que representam um sector de enorme relev&acirc;ncia para a economia nacional&rdquo;. Jo&atilde;o Goul&atilde;o deixou ainda uma nota para o contributo que pode vir a ser dado pelos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia, desde que apoiados por estrat&eacute;gias formativas coerentes: &ldquo;um especialista de Medicina Geral e Familiar com uma cultura mediana ao n&iacute;vel dos problemas do &aacute;lcool est&aacute; perfeitamente preparado para enfrentar esta quest&atilde;o. Por&eacute;m, com forma&ccedil;&atilde;o adicional, este profissional de sa&uacute;de pode ficar mais capacitado. Neste campo, as interven&ccedil;&otilde;es breves podem ser de enorme utilidade&rdquo;. O vogal do conselho directivo do IDT, Manuel Cardoso, avaliou a assinatura da carta de compromisso como &ldquo;um momento hist&oacute;rico, a primeira vez que a sociedade civil e a administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica se juntam, para conjugar esfor&ccedil;os na &aacute;rea do &aacute;lcool&rdquo;. O mesmo respons&aacute;vel lan&ccedil;ou um desafio aos parceiros do FNAS, &ldquo;para que Portugal, daqui a uma d&eacute;cada, seja reconhecido internacionalmente como um exemplo de sucesso a seguir, no combate ao consumo excessivo de &aacute;lcool&rdquo;. Aproveitou, ainda, para lembrar import&acirc;ncia da rede de referencia&ccedil;&atilde;o &ndash; ainda por aprovar &ndash; e que &ldquo;se revela indispens&aacute;vel no sentido de permitir ao cidad&atilde;o que venha a ter problemas associados ao &aacute;lcool aceder a um apoio adequado, por parte de estruturas p&uacute;blicas e da sociedade civil em geral&rdquo;. No que respeita a esta rede de referencia&ccedil;&atilde;o, Manuel Pizarro deu garantias de que o executivo &ldquo;ter&aacute; a componente regional da rede activa, at&eacute; ao final do ano&rdquo;. Mas o governante foi mais al&eacute;m, estabelecendo uma meta para o pr&oacute;ximo ano: &ldquo;a partir de 2011, desejamos ter a totalidade desta rede no terreno, clara e compreens&iacute;vel para todas as fam&iacute;lias&rdquo;. Para Manuel Pizarro, o FNAS &eacute;, por excel&ecirc;ncia, &ldquo;o local ideal para ouvir todos os intervenientes&rdquo; no combate ao uso imoderado do &aacute;lcool, num contexto em que &eacute; preciso deitar a m&atilde;o a algum &ldquo;pragmatismo, uma vez que n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel resolver todos os problemas de uma s&oacute; vez&rdquo;. Assim, o secret&aacute;rio de Estado Adjunto e da Sa&uacute;de entende que o mais urgente &ldquo;&eacute; definir objectivos concretos e alcan&ccedil;&aacute;veis&rdquo;, dentro dos par&acirc;metros de actua&ccedil;&atilde;o elencados no Plano Nacional para os Problemas da Droga, das Toxicodepend&ecirc;ncias e do Uso Nocivo do &Aacute;lcool. De real&ccedil;ar que durante esta cerim&oacute;nia foi tamb&eacute;m apresentado o Direct&oacute;rio do &Aacute;lcool. Trata-se de um portal, constitu&iacute;do por variados recursos e informa&ccedil;&otilde;es relacionadas com a tem&aacute;tica do &aacute;lcool. Ali pode ser encontrada legisla&ccedil;&atilde;o sobre o assunto, linhas orientadoras, lista de boas pr&aacute;ticas, esclarecimentos sobre pol&iacute;ticas nacionais, refer&ecirc;ncias estat&iacute;sticas, manuais, not&iacute;cias, gloss&aacute;rios, descri&ccedil;&atilde;o das actividades do FNAS ou dados sobre investiga&ccedil;&otilde;es em curso e ainda sobre a rede de referencia&ccedil;&atilde;o. Este site continua em desenvolvimento e ter&aacute; ainda dispon&iacute;vel, em breve, uma &aacute;rea de e-learning. APMCG e IDT editam manual pr&aacute;tico para os CSP &Agrave; margem da assinatura da carta de compromisso do F&oacute;rum Nacional &Aacute;lcool e Sa&uacute;de, a Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa de M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral (APMCG) e o Instituto da Droga e da Toxicodepend&ecirc;ncia (IDT) firmaram um protocolo que abre as portas &agrave; edi&ccedil;&atilde;o de um manual sobre orienta&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica em cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios (CSP), vocacionado para a capacita&ccedil;&atilde;o dos profissionais de sa&uacute;de na gest&atilde;o dos casos de consumo excessivo de &aacute;lcool. Trata-se de uma obra traduzida e adaptada para a realidade portuguesa a partir do original desenvolvido pela Primary Health Care European Project on Alcohol (PHEPA), uma plataforma financiada pela Comiss&atilde;o Europeia e pelo Departamento de Sa&uacute;de do Governo Aut&oacute;nomo da Catalunha. A PHEPA re&uacute;ne profissionais e institui&ccedil;&otilde;es de 24 pa&iacute;ses europeus, tendo por objectivo melhorar as compet&ecirc;ncias relacionadas com o consumo de &aacute;lcool entre os profissionais que trabalham nos CSP. Atrav&eacute;s deste protocolo, APMCG e IDT comprometem-se a custear um n&uacute;mero espec&iacute;fico de exemplares em papel (a APMCG ficar&aacute; com 600 c&oacute;pias, metade das quais ser&aacute; distribu&iacute;da directamente aos seus associados), assim como a disponibilizar a vers&atilde;o integral da obra, em formato electr&oacute;nico, nas respectivas p&aacute;ginas da Internet. &ldquo;Esta foi uma primeira oportunidade de expressar a parceria com o IDT, a qual desejamos fomentar no futuro. O nosso envolvimento acabou por contribuir para finalizar todo o trabalho de tradu&ccedil;&atilde;o e edi&ccedil;&atilde;o que estava em curso&rdquo;, relembra Jo&atilde;o Sequeira Carlos, presidente da APMCG. Na &oacute;ptica deste respons&aacute;vel, a disponibiliza&ccedil;&atilde;o do manual em vers&atilde;o electr&oacute;nica nos portais das duas entidades acaba por ser, at&eacute; agora, &ldquo;o principal ganho da aproxima&ccedil;&atilde;o entre IDT e APMCG&rdquo;. De referir que o estabelecimento de parcerias entre os dois organismos &eacute; um objectivo desde h&aacute; algum tempo perseguido pelo N&uacute;cleo de Comportamentos Aditivos da APMCG, coordenado por Cristina Ribeiro e In&ecirc;s Maio.

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