Jornal Médico - MGF e Medicina Interna a uma só voz

A APMCG, a SPMI e os col&eacute;gios de MGF e Medicina Interna, juntaram-se para redigir uma carta enviada ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, onde reclamam que sejam adoptadas medidas que promovam a sustentabilidade do sistema, atrav&eacute;s do contributo fundamental das especialidades generalistas. A APMCG, a SPMI e os col&eacute;gios de MGF e Medicina Interna, juntaram-se para redigir uma carta enviada ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, onde reclamam que sejam adoptadas medidas que promovam a sustentabilidade do sistema, atrav&eacute;s do contributo fundamental das especialidades generalistas. O conte&uacute;do da missiva suscitou interesse por parte da tutela e Paulo Macedo recebeu os representantes da Plataforma Medicina Geral e Familiar/Medicina Interna esta manh&atilde;, na Jo&atilde;o Cris&oacute;stomo &ldquo;Dar um contributo decisivo para a optimiza&ccedil;&atilde;o de recursos, mantendo intacta, ou at&eacute; melhorada, a qualidade assistencial&rdquo; no Servi&ccedil;o Nacional de Sa&uacute;de (SNS) &eacute; a grande finalidade da rec&eacute;m-criada Plataforma Medicina Geral e Familiar/Medicina Interna, que integra a Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa dos M&eacute;dicos de Cl&iacute;nica Geral (APMCG), a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e os Col&eacute;gios de Medicina Geral e Familiar (MGF) e de Medicina Interna (MI) da Ordem dos M&eacute;dicos (OM) e que, hoje de manh&atilde;, foi recebida em audi&ecirc;ncia pelo ministro da Sa&uacute;de, Paulo Macedo, e pelo secret&aacute;rio de Estado adjunto e da Sa&uacute;de, Leal da Costa, na sequ&ecirc;ncia de uma missiva enviada &agrave; tutela. Conscientes de que as especialidades m&eacute;dicas de car&aacute;cter generalista (MGF e MI) t&ecirc;m, no actual contexto socioecon&oacute;mico, um papel fundamental na garantia da qualidade da presta&ccedil;&atilde;o de cuidados de sa&uacute;de e na gest&atilde;o racional dos recursos existentes, os presidentes do Col&eacute;gio de MGF da OM, Jos&eacute; Silva Henriques, do Col&eacute;gio de MI da OM, Jos&eacute; Barata, da APMCG, Jo&atilde;o Sequeira Carlos, e da SPMI, Ant&oacute;nio Martins Baptista, defendem, como contributo para a sustentabilidade do sistema e para a melhoria dos ganhos em sa&uacute;de: colocar o doente no centro do sistema, desincentivar o recurso &agrave; Urg&ecirc;ncia e apostar na preven&ccedil;&atilde;o prim&aacute;ria. Empenhada em contribuir de forma positiva e pr&oacute;-activa para a solu&ccedil;&atilde;o dos problemas do SNS, a Plataforma MGF/MI prop&otilde;e, entre outras medidas, a manuten&ccedil;&atilde;o do processo de reorganiza&ccedil;&atilde;o dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios (CSP), a generaliza&ccedil;&atilde;o das unidades de sa&uacute;de familiar (USF) e a melhoria das instala&ccedil;&otilde;es e equipamentos das unidades de sa&uacute;de. A import&acirc;ncia do trabalho em equipa&hellip; Na reuni&atilde;o com os governantes do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de (MS), os representantes desta plataforma apresentaram, ainda as suas sugest&otilde;es no que toca &agrave; pol&iacute;tica de recursos humanos, defendendo a &ldquo;coloca&ccedil;&atilde;o atempada dos jovens especialistas, com contratos justos e dignos da fun&ccedil;&atilde;o que desempenham&rdquo; e a &ldquo;suspens&atilde;o imediata da contrata&ccedil;&atilde;o de m&eacute;dicos sem forma&ccedil;&atilde;o especializada em MGF&rdquo;. Este &eacute; um ponto que o m&eacute;dico de fam&iacute;lia (MF) Jo&atilde;o Sequeira Carlos reconhece marcar sobretudo a agenda da MGF, mas no qual &eacute; &ldquo;intransigente&rdquo;. Isto porque, &ldquo;a pr&aacute;tica n&atilde;o especializada da Medicina vai contra os padr&otilde;es preconizados pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS) e pela Associa&ccedil;&atilde;o Mundial de M&eacute;dicos de Fam&iacute;lia (WONCA), configurando um retrocesso do ponto de vista internacional&rdquo;, adiantou, ao nosso jornal, o presidente da APMCG. &Agrave; sa&iacute;da do encontro, Jo&atilde;o Sequeira Carlos salientou &ldquo;o ambiente de grande responsabilidade e seriedade em que decorreu a audi&ecirc;ncia&rdquo; e a certeza de que &ldquo;&eacute; vontade da tutela garantir um SNS abrangente, universal e de qualidade&rdquo;, reconhecendo a &ldquo;&aacute;rdua tarefa que este Executivo tem pela frente&rdquo;. Para o MF, a cria&ccedil;&atilde;o desta plataforma entre especialidades cuja aproxima&ccedil;&atilde;o &eacute; &ldquo;inevit&aacute;vel&rdquo; e a audi&ecirc;ncia com o ministro s&atilde;o a prova de que &ldquo;com trabalho em equipa se conseguem melhores resultados&rdquo; e &ldquo;&eacute; o paradigma do que &eacute; preciso que a sociedade civil fa&ccedil;a: cada um de n&oacute;s, nestes tempos de crise, tem a responsabilidade acrescida de identificar problemas e propor solu&ccedil;&otilde;es&rdquo;. &hellip; E da articula&ccedil;&atilde;o entre especialidades No &acirc;mbito da reorganiza&ccedil;&atilde;o hospitalar, a partilha de cuidados entre a MI e as restantes especialidades foi uma das propostas apresentadas na reuni&atilde;o, em que os quatro respons&aacute;veis tamb&eacute;m salientaram a import&acirc;ncia de se reequacionar o financiamento dos actos m&eacute;dicos &ndash; atrav&eacute;s da revaloriza&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica, dos hospitais de dia e medicina domicili&aacute;ria e de solu&ccedil;&otilde;es de escoamento de internamentos prolongados &ndash; e de se reformular o acesso aos servi&ccedil;os de urg&ecirc;ncia, por via da valoriza&ccedil;&atilde;o da referencia&ccedil;&atilde;o pelo MF e penaliza&ccedil;&atilde;o do recurso por situa&ccedil;&otilde;es n&atilde;o emergentes e sem contacto pr&eacute;vio com os CSP. Para isso, entendem os representantes da Plataforma MGF/MI, importa desenvolver uma articula&ccedil;&atilde;o efectiva entre os cuidados hospitalares e os CSP, com normas de orienta&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica partilhadas; avalia&ccedil;&atilde;o conjunta de indicadores de qualidade; defini&ccedil;&atilde;o conjunta de crit&eacute;rios de articula&ccedil;&atilde;o e referencia&ccedil;&atilde;o; reuni&otilde;es de consultadoria; modelo de gest&atilde;o do doente cr&oacute;nico assente na coopera&ccedil;&atilde;o entre MGF e MI; facilita&ccedil;&atilde;o da comunica&ccedil;&atilde;o entre CSP e cuidados hospitalares, de forma a promover a continuidade de cuidados; sistemas de Informa&ccedil;&atilde;o centrados no cidad&atilde;o, com garantia de interoperabilidade e possibilidade de acesso aos dados em qualquer ponto de presta&ccedil;&atilde;o de cuidados; rentabiliza&ccedil;&atilde;o de outros sistemas de comunica&ccedil;&atilde;o. A Plataforma MGF/MI recorda que as especialidades m&eacute;dicas generalistas dos Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios (Medicina Geral e Familiar) e Hospitalares (Medicina Interna), representam cerca de oito mil m&eacute;dicos, que pela sua plena integra&ccedil;&atilde;o e conhecimento do sistema de sa&uacute;de e pela sua distribui&ccedil;&atilde;o, cobrindo todo o territ&oacute;rio nacional, est&atilde;o em condi&ccedil;&otilde;es de dar um contributo decisivo na optimiza&ccedil;&atilde;o de recursos e na melhoria da qualidade assistencial.

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