Jornal Médico - APMGF defende alargamento das listas com ajuste da remuneração

O problema do d&eacute;fice de m&eacute;dicos de fam&iacute;lia dever&aacute; estar resolvido at&eacute; 2021 mas h&aacute; um per&iacute;odo interm&eacute;dio de dez anos onde a car&ecirc;ncia ser&aacute; brutal se n&atilde;o forem tomadas medidas excepcionais Texto integral s&oacute; dispon&iacute;vel na edi&ccedil;&atilde;o impressa O problema do d&eacute;fice de m&eacute;dicos de fam&iacute;lia dever&aacute; estar resolvido at&eacute; 2021 mas h&aacute; um per&iacute;odo interm&eacute;dio de dez anos onde a car&ecirc;ncia ser&aacute; brutal se n&atilde;o forem tomadas medidas excepcionais. Num debate promovido pela Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa de Medicina Geral e Familiar foram lan&ccedil;adas tr&ecirc;s propostas concretas para minimizar este quadro: desincentivar reformas antecipadas e incentivar a manuten&ccedil;&atilde;o no servi&ccedil;o at&eacute; ao limite m&aacute;ximo permitido por lei, aumentar a capacidade formativa do Internato de MGF e, por &uacute;ltimo, incentivar o alargamento volunt&aacute;rio das listas de utentes, de acordo com o sistema de unidades ponderadas e ajuste de remunera&ccedil;&atilde;o. A ideia &eacute; trabalhar consistentemente nestas propostas, que ser&atilde;o entregues &agrave; tutela depois da realiza&ccedil;&atilde;o do Encontro Nacional, em Mar&ccedil;o de 2012 A Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) realizou, no passado dia 26 de Novembro, um debate em torno das quest&otilde;es da demografia m&eacute;dica e falta de m&eacute;dicos de fam&iacute;lia no nosso pa&iacute;s. Na reuni&atilde;o, que contou com a presen&ccedil;a de numerosos m&eacute;dicos de fam&iacute;lia, foram discutidas tr&ecirc;s quest&otilde;es essenciais: a necessidade de evitar mais aposenta&ccedil;&otilde;es antecipadas, incentivar o alargamento volunt&aacute;rio das listas de utentes &ndash; retribuindo esse alargamento de forma justa &ndash; e aumentar a capacidade formativa de especialistas em Medicina Geral e Familiar. Falta de m&eacute;dicos vai prolongar-se at&eacute; 2021 O colapso dos cuidados de sa&uacute;de prim&aacute;rios &ndash; anunciado pela Associa&ccedil;&atilde;o em 1998, na denominada Declara&ccedil;&atilde;o da Madeira &ndash; tornou-se &oacute;bvio a partir de 2002, altura em que surgiu um novo alerta, com o documento Cuidados de Sa&uacute;de Prim&aacute;rios em Portugal: colapso ou ressurgimento? Apesar disso, a quest&atilde;o s&oacute; seria levada a s&eacute;rio pelo Governo em 2005 e, mesmo assim, resumindo-se apenas ao aumento indispens&aacute;vel, embora tardio, das vagas para o Internato de MGF.

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