Jornal Médico - Inclusivo e formativo, assim se avizinha o 23.º Congresso da SPACV

Numa área em constante inovação técnica e científica o 23.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV), que se realiza de 16 a 18 de maio no hotel Eurostars Oásis Plaza, na Figueira da Foz, irá refletir “o que de mais inovador e recente se produz no âmbito da especialidade, embora sempre com um cariz formativo atentando aos jovens profissionais que procuram este evento”, salienta Joel Sousa, membro da comissão científica do evento. Leia a entrevista de antevisão. Jornal Médico (JM) | Considerando as mudanças fundamentais no diagnóstico, na terapêutica e percorrendo a formação especializada e os avanços tecnológicos e científicos, de que forma esta 23.ª edição irá assinalar essa evolução? Joel Sousa (JS) | Não é segredo que a Angiologia e Cirurgia Vascular é uma especialidade em constante inovação técnico-científica, o que se traduz por uma grande oferta de materiais e técnicas disponíveis para o tratamento das mais diversas patologias vasculares. Nesta 23.ª edição do Congresso Nacional da SPACV, a Sociedade procurará por isso apresentar aos seus associados os mais recentes materiais e respectivos resultados no tratamento da patologia venosa, arterial periférica e aneurismática. JM | Sendo a cirurgia vascular uma área da Medicina tão específica e técnica, em que se traduz a estratégia de atratividade da SPACV para, em cada ano, cativar outros profissionais de saúde e também os mais jovens a participarem no evento? JS | Em Portugal produz-se ciência de qualidade, e a Angiologia e Cirurgia Vascular não é excepção. Neste sentido, a SPACV procurou e sempre procurará enaltecer o que de melhor se faz por cá, dando palco aos seus jovens talentos para apresentarem os resultados das suas investigações clínicas e básicas. A isto acresce uma aposta contínua na formação, com a organização de múltiplos cursos e workshops, focados nas mais recentes técnicas e inovações. JM | No que concerne à doença venosa crónica, que atinge cerca de 35% da população adulta em Portugal, de que forma o congresso irá ter em consideração a inovação terapêutica desta patologia? JS | A doença venosa crónica é uma patologia altamente prevalente em Portugal e no mundo, e representa por isso uma importante fatia da atividade assistencial em Angiologia e Cirurgia Vascular. À semelhança de anos pretéritos, a SPACV procurará assim dar palco à mais recente evidência produzida neste âmbito, sempre complementando os conteúdos teóricos com alguma formação técnica neste contexto, mais propriamente sob a forma de workshops e cursos dirigidos nas sessões pré-congresso. JM | Enquanto membro da comissão científica, como foram selecionados os temas deste ano? JS | Desde sempre que as diferentes Direcções da SPACV procuraram elaborar programas inclusivos, que reflitam o que de mais inovador e recente se produz no âmbito da especialidade, embora sempre com um cariz formativo atentando aos jovens profissionais que procuram este evento. Serão também desenvolvidas mesas redondas focadas na criação e uniformização de protocolos, como é o caso da referenciação da isquemia mesentérica aguda. JM | Em que áreas considera ser mais premente o update de conhecimentos em Angiologia e Cirurgia Vascular? JS | A Cirurgia Vascular é uma especialidade muito diversa, focando-se no tratamento da patologia arterial e venosa nas suas diferentes formas, com recurso a opções cirúrgicas abertas, endovasculares e híbridas. Pela diversidade de actuações, a especialidade tem experienciado uma contínua actualização nas últimas décadas. Posto isto, todas as áreas são importantes, pelo que procuraremos fornecer um update de conhecimentos nos diferentes territórios. JM | Em que medida as sessões vão tornar-se uma mais-valia para a execução de técnicas mais favoráveis aos doentes? JS | Os congressos nacionais constituem uma grande oportunidade de partilha de experiências individuais e institucionais. Isto traduz-se naturalmente numa grande mais valia para os doentes, pois permite a replicação de técnicas bem-sucedidas e devidamente sustentadas, em instituições que previamente não as executariam.

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