Trabalhadores da saúde em greve nacional
DATA
15/05/2015 11:30:07
AUTOR
Jornal Médico
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Trabalhadores da saúde em greve nacional

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Os trabalhadores da saúde cumprem desde as 00 horas de hoje uma greve nacional de 24 horas que dizem ser uma resposta "à ofensiva do governo contra o Serviço Nacional de Saúde" e seus profissionais, apelando à compreensão dos utentes.

A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais considera que esta greve tem como principal objectivo a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), esperando por isso contar com a compreensão da população.

Auxiliares, administrativos, técnicos de diagnóstico e terapêutica e profissionais do INEM são os trabalhadores que aderem à greve, que deverá afectar vários serviços, como cirurgias programadas ou consultas, embora o pré-aviso também contemple enfermeiros e médicos que queiram aderir à paralisação.

O Sindicato contesta a municipalização dos cuidados de saúde primários, a entrega de hospitais do SNS às Misericórdias e exige ainda uma discussão pública e alargada sobre o serviço público de saúde para que "não se volte a assistir a dezenas de pessoas nos corredores dos hospitais", como no último Inverno.

Entre as exigências que motivam a greve estão ainda a reposição das 35 horas de trabalho semanal para os profissionais, a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde, a criação do suplemento de risco, penosidade e insalubridade e a valorização das carreiras de técnico de diagnóstico e terapêutica e técnico superior de saúde.

Sindicato:
Adesão à greve ronda os 80% no norte

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, Orlando Gonçalves, adiantou que, até por volta das 7h30, em termos de média a adesão à greve era de 80%.

“Em termos de média, na região norte é de uma adesão de 80% no turno da noite. No [hospital Eduardo] Santos Silva [Vila Nova de Gaia] é superior, acima dos 90% e muito próximo dos 100%, mas depois nos outros anda nos 70/80%, o que dá uma média de 80% no turno da noite”, explicou Orlando Gonçalves.

“A falta de pessoal nos serviços de saúde leva à desregulamentação de horários, com trabalhadores a fazer turnos de 12/13 e 16 horas, o que cria uma carga inaceitável para os trabalhadores e provoca absentismo e uma prestação de mau serviço ao utente, ninguém consegue trabalhar tantas horas seguidas com a mesma capacidade como se tivesse um horário de oito horas”, explicou.

Por seu turno, Luis Pesca, da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, adiantou à Lusa ser ainda cedo para fazer um balanço geral sobre os dados da greve, lembrando que numa primeira contagem a nível nacional, a “adesão situa-se entre os 80 e os 100%”, com os hospitais a funcionarem, na sua maioria, em “serviços mínimos”.

A divulgação dos primeiros resultados oficiais do dia está prevista para as 11:00 de hoje, no Hospital de São José, em Lisboa.

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Editorial | Luís Monteiro, membro da Direção Nacional da APMGF
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