
Adalberto Campos Fernandes é o futuro ministro da Saúde.
Indigitado hoje como primeiro-ministro, António Costa convidou o antigo presidente do Conselho de Administração do Hospital Santa Maria a liderar a pasta da Saúde. Uma escolha esperada, visto que Campos Fernandes era já o coordenador socialista para a área da Saúde.
Nascido em Lisboa a 25 de setembro de 1958, Adalberto Campos Fernandes é licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa, da Universidade Clássica de Lisboa e, no passado dia 18 de novembro, tornou-se Doutor em Administração da Saúde pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
“A combinação público – privado em saúde: impacto no desempenho no sistema e nos resultados em Saúde no contexto português”, foi o título da sua tese de doutoramento, que aborda, nomeadamente, a necessidade de um setor privado com características que sirvam da melhor forma o serviço público.
Médico Especialista em Saúde Pública, Gestor Hospitalar e professor, tem sido uma das pessoas mais visíveis na discussão dos problemas e da organização do setor da saúde em Portugal e uma figura de alto destaque no panorama da gestão dos hospitais portugueses.
Foi presidente dos conselhos de administração do Hospital de Cascais, parceria público-privada e do Centro Hospitalar Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria e Hospital Pulido Valente). Desempenhou ainda a função de professor auxiliar convidado da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (ENSP/UNL) nas áreas de Administração Hospitalar, Gestão em Saúde e Políticas de Saúde.
É igualmente membro da direção do Colégio da Competência de Gestão dos Serviços de Saúde da Ordem dos Médicos e do conselho de administração da Fundação para Saúde – Serviço Nacional de Saúde. Integra a direção do INODES (associação de Inovação e Desenvolvimento em Saúde) e o conselho geral da APDH (Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar). Ocupa também o cargo de presidente do hospital SAMS, serviço de saúde dos bancários.
Numa entrevista dada ao Jornal Médico em março deste ano, o agora ministro da Saúde afirmava, sobre o Governo precedente, que “no balanço destes últimos quatro anos o que sobressai como mais evidente é a ausência de uma ideia política clara sobre o sistema de saúde e o papel do Serviço Nacional de Saúde no seu contexto” e defendia que “a reorientação do sistema de saúde português passa pelo reforço dos cuidados de proximidade e pelo investimento em estruturas e recursos humanos que possam transferir a centralidade do sistema para fora do hospital”.
Ainda não foi adiantada uma data para a posse do XXI Governo Constitucional, contudo António Costa espera que a cerimónia possa realizar-se ainda esta semana e que o Programa de Governo possa ser discutido e votado na próxima semana.
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