O presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento português afirmou que vai pedir ao Governo o envio de ajuda médico-sanitária urgente para combater o surto de febre-amarela e de malária em Angola.
Segundo o também deputado do Partido Socialista (PS) Sérgio Sousa Pinto, a decisão foi tomada pelos parlamentares que integram a Comissão depois de terem recebido uma delegação da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a maior formação da oposição angolana, liderada pelo presidente do partido, Isaías Samakuva.
"Um tema abordado com a direção da UNITA foi o da degradação das condições médico-sanitárias em Angola, em particular na região de Luanda, que são motivo de grande preocupação. Neste momento, conjuga-se um surto de febre-amarela com um aumento muito importante de casos de malária, o que tem provocado um surto de mortandade muito significativo", disse.
Para Sousa Pinto, exigem-se medidas médico-sanitárias e de emergência, uma vez que a "situação de crise em que o país está mergulhado" tem "dificultado o acesso a medicamentos indispensáveis" ao combate às duas doenças.
"A Comissão de Negócios Estrangeiros deve, junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, solicitar que seja oferecida a Angola ajuda para lidar com esta difícil e grave situação médico-sanitária", indicou.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde que começou, em dezembro do ano passado, o maior surto de febre-amarela no país em décadas já fez 250 mortos e há registo de 1.908 casos suspeitos, dos quais 617 foram confirmados laboratorialmente, informa a OMS em comunicado.
A transmissão local da febre-amarela regista-se em cinco províncias, mas a maioria dos casos está concentrada nas províncias de Luanda, Huambo e Huíla.
Angola alargou a campanha de vacinação contra a febre-amarela às províncias de Huambo e Benguela, onde quase 2,15 milhões de pessoas serão imunizadas nas próximas semanas, segundo a OMS.
Por outro lado, Angola está a enfrentar atualmente um tipo de paludismo atípico, quer na sua apresentação clínica quer no índice de mortalidade, cujos números estão ainda por determinar, havendo, porém, a indicação de que o número de casos tem vindo a aumentar, aumentando também o de óbitos.
Por favor faça login ou registe-se para aceder a este conteúdo
Qual é a relação entre medicina e arte? Serão universos totalmente distintos? Poderá uma obra de arte ter um efeito “terapêutico”?