Deputados portugueses vão pedir ao Governo para apoiar Angola no combate à febre-amarela
DATA
22/04/2016 12:15:08
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Jornal Médico
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Deputados portugueses vão pedir ao Governo para apoiar Angola no combate à febre-amarela

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O presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento português afirmou  que vai pedir ao Governo o envio de ajuda médico-sanitária urgente para combater o surto de febre-amarela e de malária em Angola.

Segundo o também deputado do Partido Socialista (PS) Sérgio Sousa Pinto, a decisão foi tomada pelos parlamentares que integram a Comissão depois de terem recebido uma delegação da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a maior formação da oposição angolana, liderada pelo presidente do partido, Isaías Samakuva.

"Um tema abordado com a direção da UNITA foi o da degradação das condições médico-sanitárias em Angola, em particular na região de Luanda, que são motivo de grande preocupação. Neste momento, conjuga-se um surto de febre-amarela com um aumento muito importante de casos de malária, o que tem provocado um surto de mortandade muito significativo", disse.

Para Sousa Pinto, exigem-se medidas médico-sanitárias e de emergência, uma vez que a "situação de crise em que o país está mergulhado" tem "dificultado o acesso a medicamentos indispensáveis" ao combate às duas doenças.

"A Comissão de Negócios Estrangeiros deve, junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, solicitar que seja oferecida a Angola ajuda para lidar com esta difícil e grave situação médico-sanitária", indicou.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde que começou, em dezembro do ano passado, o maior surto de febre-amarela no país em décadas já fez 250 mortos e há registo de 1.908 casos suspeitos, dos quais 617 foram confirmados laboratorialmente, informa a OMS em comunicado.

A transmissão local da febre-amarela regista-se em cinco províncias, mas a maioria dos casos está concentrada nas províncias de Luanda, Huambo e Huíla.

Angola alargou a campanha de vacinação contra a febre-amarela às províncias de Huambo e Benguela, onde quase 2,15 milhões de pessoas serão imunizadas nas próximas semanas, segundo a OMS.

Por outro lado, Angola está a enfrentar atualmente um tipo de paludismo atípico, quer na sua apresentação clínica quer no índice de mortalidade, cujos números estão ainda por determinar, havendo, porém, a indicação de que o número de casos tem vindo a aumentar, aumentando também o de óbitos.

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Editorial | Luís Monteiro, membro da Direção Nacional da APMGF
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