Ordem questiona falta de médicos no quadro do Hospital de Cantanhede
DATA
16/06/2016 19:09:38
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Jornal Médico
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Ordem questiona falta de médicos no quadro do Hospital de Cantanhede

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A Ordem dos Médicos do Centro afirmou hoje que o hospital de Cantanhede apenas possui quatro médicos no quadro e outros 35 avençados ou contratados a empresas e questionou se a unidade de saúde foi esquecida pela tutela.

Em declarações, após uma visita ao hospital Arcebispo João Crisóstomo, Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), disse ter ficado surpreendido com a escassez de médicos no quadro hospitalar, considerando o caso "completamente inédito" no Serviço Nacional de Saúde.

"É como se o hospital existisse de forma artificial, à custa de empresas de contratação de médicos", frisou Carlos Cortes.

"É uma situação inadmissível e que está a asfixiar o hospital de Cantanhede. Os únicos [quatro] médicos do quadro passam por sérias dificuldades para assegurar o trabalho", frisou, lembrando que, para além das consultas, os clínicos dão apoio a uma unidade de cuidados paliativos ali existente.

De acordo com os dados da SRCOM, o quadro de pessoal médico possui dois especialistas de Medicina Interna, um anestesista e um ortopedista. Dos restantes 35 clínicos há, entre outros, seis anestesistas, cinco especialistas de Medicina Interna, quatro cirurgiões, três ortopedistas e três urologistas contratados a empresas, para além de sete médicos com contrato de avença.

Carlos Cortes enalteceu a "dedicação" dos médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar do hospital de Cantanhede, mas realçou que no ministério da Saúde, "aparentemente, alguém se esqueceu" daquela unidade, uma das que estiveram previstas serem devolvidas à gestão das Misericórdias.

Por outro lado, o responsável da Ordem dos Médicos diz que o hospital está há um ano em gestão corrente, já que o presidente do conselho de administração saiu para Aveiro, a exemplo de um vogal que também cessou funções.

"Só tem dois elementos, tem à frente a diretora clínica e o diretor de Enfermagem. Será que alguém também se esqueceu? É impossível sustentar um hospital desta maneira", observou.

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Editorial | Luís Monteiro, membro da Direção Nacional da APMGF
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