O atendimento na área de Reumatologia no Centro Hospital do Algarve (CHA) é reforçado a partir de setembro, de acordo com o Presidente do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que assinou hoje um acordo de colaboração com as entidades algarvias envolvidas.
O acordo “visa sobretudo apoiar o CHA na redução da lista de espera, no acompanhamento de doentes mais complexos, incluindo a eventual transferência acordada para Lisboa”, de segundo afirmações do presidente do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), Carlos Martins.
Este acordo, que acontece no âmbito do protocolo de afiliação entre ambos os centros hospitalares, firmado em março, visa dar capacidade imediata de atendimento especializado aos utentes do distrito de Faro em áreas onde atualmente existem lacunas.
O protocolo, firmado com o CHA e a Administração Regional de Saúde do Algarve, já abrangia as áreas de Oncologia, Ortopedia e Cirurgia Vascular e hoje passa a integrar a área da Reumatologia.
Tanto na área da Reumatologia como da Cirurgia Vascular existe ainda a intenção de criar dois serviços especializados no CHA.
Carlos Martins adiantou ainda que ambas as especialidades são motivo de deslocação de um número significativo de doentes residentes no Algarve para o Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN).
“A Reumatologia cresceu, de há um ano a esta parte, 55% em termos de transferência de doentes para Lisboa, ou seja, não é pensável continuarmos a assistir impávidos e serenos a um crescimento de transferência de cidadãos do Algarve para Lisboa para consultas”, comentou Carlos Martins.
O CHLN registou no último ano um aumento de 25% nos internamentos desta especialista em doentes residentes no Algarve.
Ambos os serviços de Reumatologia e cirurgia vascular deverão estar a funcionar dentro de um ano, mas Carlos Martins espera que na área da reumatologia o reforço profissional possa começar já em setembro.
Vincando que o CHLN vai continuar a dar apoio ao CHA e a receber os doentes algarvios, Carlos Martins considerou que existem algumas pequenas medidas que podem fazer diferença e evitar grandes deslocações para tratamentos e internamentos a partir do Algarve e com benefícios regionais económicos, sociais e humanos.
“Há um conjunto de situações que em boa verdade nos deixam menos felizes porque consciencializamos que, com uma pequena ajuda, por vezes com mais um médico ou um determinado especialista ou a criação de um serviço como é o caso da Reumatologia, a esmagadora maioria dos problemas podem ser resolvidos na região”, concluiu.
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